Capítulo 20.

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Elizabeth on !
🪐🔭📚🎋🎀

Cara,nesse lugar é incrível! Eu adorei a arquitetura e estou me perguntando como a Rose tem uma mansão com estilo neoclássico. Eu até estou eufórica de tão bonito que isso consegue ser.

Eu estava sentindo isso, pensei que seria na casa normal de Rose, mas não. Aliás, tem muita gente importante por aqui.

Eu estou entrando juntos com meus pais para dentro da grande mansão, consigo escutar as conversar daqui.

- Às vezes me pergunto o que estou fazendo aqui - resmungou meu pai e a cada passo escutávamos as pedras que se batiam com os nossos calçados.

Ele não gosta de sair, além disso ele fez um plantão muito cansativo.

- Vamos aproveitar hoje, por favor, família? - minha mãe brinca conosco, obviamente sendo irônica.

Olhamos para ela como se também não quisesse estar em casa.

- Aí, tá bom, eu também não estou gostando! - ela admite. - só estou aqui porque sua avó pediu ok?

Meu pai e eu rimos.

-Acho que todos estamos aqui pelo mesmo motivo não é? Aliás, só tem gente chata aqui. - reviro os olhos.

-Eu que o diga, vou ter que conversar sobre várias coisas com os meus supostos amigos de infância! - reclama meu pai.

Meu pai também foi adotado por Rose, ela pagou tanto a escola quanto sua faculdade. Ele teve muito convívio com os filhos da Rose durante a infância e adolescência, mas quando ficaram adultos acabaram de afastando pelas ideias e nem pensamentos se baterem mais.

E foi assim aliás, que meu pai conheceu minha mãe, como a minha avó trabalhava para Rose acabaram se encontrando em uma das idas da minha mãe junto da minha avó ao trabalho.

Quando chegamos ali, nem vimos a sombra de Rose. Havia bastante gente mesmo; nem eu sabia que seria nessa proporção, e todos ali bem sofisticados.

- Elizabeth, pode ir se aconchegar em algum lugar. Sua avó está por aí junto de Rose - minha mãe diz. - Eu e seu pai vamos fazer coisas de adultos.

- Se coisas de adulto significa sentar e agir como um antissocial, pela primeira vez estou sendo um adulto feliz - meu pai brinca.

-Claro que não né! Vai conversar, e interagir como te disse em casa. - minha mãe diz e o sorriso do meu pai murcha por um momento.

Nós três rimos juntos mais um pouco, mas logo vou ao meu foco que é fugir dessa multidão, aliás ficar em algum quarto que não tenha ninguém e mexer no meu celular.

Eu sei, é coisa de pessoas esquisitas, mas, quem disse que eu não sou?

- Bem, eu vou procurar minha avó então... - digo aos meus pais me afastando deles.

Vou correndo de salto mesmo e sem medo de ser feliz, mas tudo se perde quando esbarro em uma garota muito linda por sinal.

- Ai, meu Deus! Me desculpa. - digo a ela.

- Garota! Você não tem educação? - ela fala para mim com um tom um pouco mais alto e me olha de cima a baixo e faz uma cara de nojo. - O que gente do seu tipo faz aqui?

-Como assim gente do meu tipo? - chego mais perto dela, e faço uma cara irritada.

Confesso que não consegui identificar se a garota falava sério ou apenas estava sendo rude comigo.

- Elizabeth! - escuto uma voz familiar e assimilo que é o Bernardo.

Olho para ele e ele estava incrivelmente lindo; eu nem sabia oque falar, as palavras não saiam da minha boca, e se eu ameaçasse de falar eu provavelmente gaguejaria.

Aquele terno caía tão bem nele, seu cabelo tão bem arrumado e a luz do lugar destacava mais ainda seus olhos azuis claros.

- Você conhece essa garota? - a menina ao lado dele pergunta.

Olho de novo para a garota que agora olhava com cara de raiva para o Bernardo.

- Você está bem? Você acabou se esbarrando na Clarissa. - ele ignora totalmente a pergunta da garota e segura meu braço para ver se não tinha machucados.

- Bernardo, estou aqui! - a garota fala e bate o pé no chão.

- Eu sei que você está aí. - ele diz com ignorância à garota que aparentemente se chama Clarissa.

Fico sem reação e até agora não consigo abrir minha boca; o que a garota disse sobre "gente do seu tipo faz aqui" ainda estava rodando na minha mente.

- Ah! Desculpa, estou meio atordoada com tantas pessoas. - digo tentando formar uma boa frase.

Bernardo está me medindo toda hora e ele não para de me olhar; o garoto não sabe disfarçar que está me olhando.

-Porque você tá me olhando assim? - o questiono.

E ele parece não ter esperado por que também não fala nada e me mede de novo.

- Coisa da sua cabeça. - ele me diz.

Quando olhamos ao lado, todos estão se reunindo para jantar; a mesa era enorme e tinha algumas redondas menores no canto, provavelmente para os filhos dos convidados.

-Vamos jantar na mesma mesa? - Bernardo me pergunta.

-Ah sim! Jantar. Vamos - disfarço, minha cabeça ainda está girando de tanta coisa que aconteceu.

A atmosfera na mesa estava animada, com os adultos conversando e se divertindo com suas próprias piadas e histórias. Eu, por outro lado, me sentia um pouco deslocada, especialmente com a presença de Clarissa, que obviamente não foi nada com minha cara.

Clarissa olha para mim com um sorriso malicioso.

-Ei, Elizabeth, você é está fazendo oque aqui? Você é tipo penetra? Filha da empregada? - ela diz brigando com garfo em seu prato, obviamente queria me provocar.

-Minha vó trabalha para Rose, e Rose me criou desde então.- Eu suspiro, tentando ignorar seus comentários provocativos.

-E sua você é por acaso a empregada? Você é meio que a pobre enfiada dentro dos ricos? - ela diz e da um risadinha insuportável no final.

Bernardo interrompe, com uma expressão séria.

-Clarissa, para com essa merda. Elizabeth não veio aqui para ser alvo das suas alfinetadas escrotas.

Clarissa revira os olhos, mas parece desistir de continuar com as provocações.

-Tá, tá, desculpa aí. Só estava tentando animar a festa. - ela revira os olhos e joga o garfo no prato.

-Só está conseguindo deixar todo mundo constrangido. - Bernardo disse, consigo ver a fúria em seus olhos.

- Ok, ok, vou deixar você em paz, Elizabeth. Mas não se preocupe, vou continuar torcendo para que um dia você-

Bernardo bate a mão na mesa antes que a Clarissa termine de falar.

-Clarissa, cala a boca, porra. Não precisa ser tão chata.

Maria Vitória intervém, colocando a mão no braço de Clarissa.

-Calma, Clarissa, não precisa exagerar. Deixe Elizabeth em paz. - ela fala baixinho, sua voz era suave mas até eu entenderia os recados.

Adriano apenas ri da situação, parecendo se divertir com a dinâmica entre nós.

-Vocês sempre arrumam um jeito de fazer uma festa, não é mesmo? - ele diz e toma um gole de vinho que tem em sua taça.

Eu sorrio timidamente, agradecendo a intervenção de Bernardo e Maria Vitória. Apesar das provocações persistentes de Clarissa.

Sabia que eu deveria ter ficado em casa.

𝐓𝐡𝐞 𝐒𝐭𝐚𝐫 𝐀𝐫𝐞 𝐑𝐢𝐠𝐡𝐭 | 𝐀𝐧𝐭ô𝐧𝐢𝐨 𝐁𝐨𝐫𝐬𝐨𝐢Where stories live. Discover now