cap 8. colega de barraca

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Eliza Reis

Meu deus

Eu tô começando a achar que realmente é o destino

Porque não é possível

eu tinha me aproximando do Matteo nos últimos dias e ele não é tão insuportável, ele é bem legal na verdade

Então tá tudo bem eu dividir quarto com ele

Barraca na verdade né

- cada dupla recebeu uma barraca, e agora vocês vão montar ela, tem um manual aí, e vocês podem também pedir ajuda pra mim ou meu ajudante- disse o diretor apontando pro Gabriel no final

Escolhemos um canto do lugar pra montar a barraca

- eai, você sabe montar barraca?- perguntou o Matteo me olhando

- nem ideia - disse negando com a cabeça

- tá então vamos tentar e a gente ver o que consegue

- é, é só ter paciência que a gente consegue

[...]

- Ô SEU BURRO ESSE NEGÓCIO NÃO É AÍ NÃO - falei pro Matteo com raiva

- VEM FAZER ENTÃO, JÁ QUE VOCÊ SABE TANTO

- VOU MESMO PORQUE SE DEPENDER DE VOC-

- tá tudo bem por aqui, precisam de ajuda? - disse uma voz enquanto se aproximava

- O QUE QUE VOCÊ A-

Parei de falar quando vi que era o diretor

- diretor, oi, não precisa não relaxa, tá?- falei na tentativa de reverter a situação

Olhei pro Matteo que tava segurando o riso

- hum, tá bom então, qualquer coisa me chama- disse o diretor indo embora

- meu deus- sussurrei

Olhei pro Matteo que ainda ria como se fosse a coisa mais engraçada do mundo

Nem pra me ajudar esse ridículo

*Quebra de tempo*

Terminamos de montar a barraca já de noite

Mas também colocaram 2 sedentários pra construir uma barraca

Esperavam o que?

[...]

Um tempo se passou, estavamos dentro da barraca jogando uno

Aquele que já estragou algumas amizades sabe...

- +4 - Matteo falou enquanto jogava a quarta de +4

- ah não Matteo, eu já tô com umas 27 cartas - resmunguei

- se você não sabe jogar, problema é - falou rindo

- Cala boca arrombado, cara de cu

- vem calar- disse em um tom desafio

Pulei em cima dele e tampei a boca dele com a minha mão, o que durou dois segundos, porque logo em seguida ele me girou ficando em cima de mim e prendendo minhas mãos acima do meu cabelo

Ele me olhou no fundo dos olhos, mas o olhar dele tava diferente...

Não era como antes, tava diferente

As mãos dele já não apertavam meu braço, era mais suave

Me perdi nos meus pensamentos quando olhei para a boca dele.

A gente tava tão próximo que eu até achei que a gente ia se beijar.

Voltei meu olhar para os olhos dele

Fomos arrancados dos nossos pensamentos por um barulho de folhas secas quebrado que soou pela barraca, ele soltou os meus braços se sentando e eu também sentei colocando uma mecha de cabelo que tinha caído no meu rosto atrás da orelha

- você escutou esse barulho? -perguntou

- ouvi, deve ter sido alguém que saiu da barraca, sei lá- respondi rindo de nervoso

- é - Matteo disse também meio nervoso

Meu Deus...

o que foi isso?

O que teria a acontecido se não tivesse esse barulho?

Continua...

 Amor no ódio.Onde histórias criam vida. Descubra agora