Capítulo 9 - Corvus

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      Havia pouco mais de meia hora desde que a carruagem deixara a entrada da velha mansão dos Liondor's, sendo que boa parte da viagem depois daquele lugar fora em silêncio, com Klaus e Rayna vez ou outra direcionando olhadelas na direção de Isa...

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Havia pouco mais de meia hora desde que a carruagem deixara a entrada da velha mansão dos Liondor's, sendo que boa parte da viagem depois daquele lugar fora em silêncio, com Klaus e Rayna vez ou outra direcionando olhadelas na direção de Isabell que passou todo o tempo com o olhar vazio para a noite lá fora.

— Falta muito? — Bell quis saber, logo após soltar um suspiro baixo, a atenção finalmente voltando para os outros rostos ali.

— Não. Já vamos chegar na ponte. — Rayna foi quem lhe respondeu.

— Que pont- — Então o solo sob as rodas da carruagem mudou, tornando-se mais liso.

— Essa.

    Bell olhou para fora novamente, e agora os primeiros luzeiros apareciam sob a forma de postes antigos, iluminando os balaústres de ferro negro logo abaixo que cercava de ambos os lados da ponte com sua riqueza de curvas para criar os desenhos de caracóis. E, ainda que ao longe, já era visível os primeiros arcos que moldavam a majestosa e imponente entrada de Corvus, saudando os visitantes com uma aura de mistério e grandiosidade.

— Não coloque a cabeça demais para fora, Bell. Pode se machucar com as outras carruagens. — Klaus avisou.

É só aí que Isabell percebeu que haviam mais carruagens da extensa passagem. Pelo jeito, mesmo ao luar mais alto da noite, o movimento no centro era grande, visto que visitantes e mais visitantes passavam pelos belo portal que guardava a entrada.

— Não esperava ver tanta gente tão tarde... — Confessou, ainda com a cabeça levemente para fora da janela.

— Corvus nunca para. — Rayna disse. — Afinal, há criaturas diurnas e noturnas em nosso mundo, logo faz sentido que o centro esteja sempre movimentado.

Isabell assentiu em compreensão, e logo se atentou em olhar para trás lá fora, assegurando-se que não haveria carruagem muito perto, lhe oferecendo algum risco, antes de colocar metade da cabeça para fora do transporte, só para avistar melhor a magnificência da fachada, cujos elementos da Arquitetura gótica e da Arte Nouveau se entrelaçavam em uma dança de elegância e obscuridade, criando o portal que parecia dar direto em um mundo de segredos e encantamentos.

Os lumes de Bell brilharam, cativados com a beleza daquele lugar. Parecia ter saído de algum dos livros que lera.

Arcos altos e adornados emolduravam a entrada, esculpidos com com ferro negro de corvos em voo, um em cada extremo, logo antes de muros do mesmo material serem erguidos até as alturas, com mais e mais ondulações, guardando construções que ainda não se podiam avistar com perfeição devido as trevas que inundavam o céu majoritariamente coberto de nuvens que ocultavam boa parte das manchas de inúmeras estrelas.

— Bell, eu já falei que fazer isso é perigoso. — Klaus a puxou pelo braço para dentro. Um encarou o outro. — Você pode me ouvir?

— Eu só estava olhando! Estou curiosa, afinal, eu nunca vi um lugar assim... — Justificou-se.

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⏰ Última atualização: Apr 14 ⏰

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