Prólogo

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    A figura de vestido tão negro quanto o céu naquela noite tinha o olhar distante, mesmo que os lumes estivessem fixos para além da enorme janela diante de si. A mente vagava por além das rosas vermelhas que decoravam o jardim com algumas estátuas aqui e ali junto a uma fonte por perto. Havia uma estranha paz em seu peito.

     Tudo estava como sempre devia estar.

     O som de passos por algum lugar pela enorme sala atrás de si não a incomodou, apenas servindo para lhe avisar de que ele se aproximava.

    Quando as mãos, tão pálidas quanto as suas, lhe tocaram ternamente por entre ambos os lados da cintura, ela finalmente se deixou soltar um suspiro, não demorando a deixar o tronco pender um pouco para trás, descansando no peito do homem de cabelo loiro que a admirou através de suas orbes verdes que logo foram tomadas por um vermelho profundo.

    Ela sorriu pequeno, mesmo com o olhar ainda distante.

— Sentindo minha falta? — A voz aveludada da mulher era música para os ouvidos daquele que firmava o toque em sua cintura, a abraçando por ali.

— Sabe que não consigo dormir sem a tua presença em nossa cama. — A resposta veio num sussurro antes que ele beijasse-a no alto dos fios negros.

     Ela se virou naquele abraço até que se vissem diante um do outro, as orbes igualmente vermelhas fitando as iguais numa tentativa de desvendá-las.

— É só isso mesmo ou há algo mais? — A mulher o conhecia bem demais.

Um sorriso pecaminoso seguido de um olhar sendo tomado pela luxúria lhe foi lançado.

— Você sabe... — O homem a trouxe mais para perto, deixando seu membro coberto pelas vestes escuras ser sentido por ela ali embaixo. A mulher teve que conter a vontade de arfar com aquela provocação. — Sabe o quanto a desejo, o quanto a quero.

— Você me teve essa manhã, Klaus. — Ela o lembrou, se atrevendo a aproximar o rosto do seu enquanto deslizava o polegar sobre o lábio inferior dele, provocando-o de volta. — Me tomou tantas vezes e agora quer de novo... — Um sorriso delicado, quase inocente se fez. — Está cada vez mais guloso...

     Um rosnado foi ouvido. Ele simplesmente não conseguia manter a sua sanidade intacta quando sua companheira ousava brincar consigo daquela forma, acendendo o seu corpo com os toques ligeiros, com a boca agora roçando na sua, com o olhar tão intenso.

— Você sempre gostou de brincar com o fogo, não é, Isabell? — Questionou-a.

      Logo as mãos do loiro subiam pelo corpo da morena, parando no alto das mangas longas do vestido dela e então as puxando para baixo de forma tão bruta que se ouviu o som da costura se desfazendo aqui e ali. Os ombros pálidos se revelaram, e logo ela o sentiu alternar entre beijos e lambidas a curva de seu pescoço até um dos lados.

     Isabell sorriu perigosamente à noite enquanto uma mão dele seguia por cima do vestido até o seu seio, apertando-o enquanto chupava a carne mais acima.

— Sim, meu Klaus. — Respondeu baixo, gemendo baixinho a seguir. — Mas eu gosto mais da parte em que a gente queima.

    Um riso soprado foi sentido em seu pescoço.

    Então, num segundo eles estavam ali embaixo, e no outro já não havia ninguém mais naquela sala.

    Isabell mal teve tempo de processar que ele a tinha levado para o quarto, só entendeu melhor onde estavam agora quando ele a fez dar um passo e outro para trás e sentir a cama que assim que se sentou, Klaus a fez se deitar até tê-lo sobre si.

— Não importa quantas vezes eu a tenha... — Ele sussurrou, uma das mãos indo para o decote dela para puxar o vestido para baixo até que os seios fossem libertos diante de seu olhar faminto. — Nunca é o suficiente. — Revelou, o olhar descendo mais, acompanhando a mão que puxou a saia do vestido para cima até que as coxas abertas e dobradas, onde ele estava encaixado por entre, se tornaram visíveis. Quando os pares de lumes compartilhando puro vermelho se alinharam novamente, observando um ao outro, Klaus teve a melhor das visões, sendo essa a de Isabell gemendo ao sentir a mão dele invadir sua peça íntima e assim tocasse-a em seu ponto mais sensível. — Então só me resta devorar cada pedacinho seu...

     Isabell então o sentiu beijar seu pescoço carinhosamente, contrastando com os dedos que agora iam até sua entrada e se afundavam em seu calor e sua umidade.

    Ela sentiu quando ele liberou as presas e as roçou na curvatura, parando logo abaixo de sua orelha, deixando-a ansiosa pelo o que viria a seguir.

— Você é minha para todo o sempre. — Ele sussurrou.

     E assim que as presas do vampiro afundaram em sua pele, ela gritou, molhando os dedos dele.

Adotada Por VampirosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora