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JUNGKOOK

NOS DIAS DE HOJE

O Corvette ronrona por ruas familiares. Ruas que deixaram saudades nos dois anos que estive ausente desta cidade.

Território de Belyaev.

Meu território.

Ou será assim que o garoto ao meu lado no banco do passageiro estiver usando meu anel e carregando meu bebê. Desperdicei dois anos em que poderia estar fazendo com que ele se apaixonasse por mim. Quando fui ao armazém esta noite, pensei que poderia persuadir Jimin a fechar os olhos e deixar o estranho de preto vendá-lo e beijá-lo, mas ele estava tão intrigado comigo. Com fome para devorá-lo. Ele afirma que não sabia que era eu por baixo da máscara, mas acho que sim. Ele conhece meu cheiro e o formato do meu corpo. Talvez ele simplesmente não quisesse saber.

Mas ele ansiava pelo que só eu posso dar a ele.

Ele vai colocar alguma resistência no início. Eu vi o choque em seus olhos quando ele percebeu que era eu entre suas pernas. A menos que ele pensasse que eu era outra pessoa? Se assim for, vou caçar quem ousou colocar as mãos no meu garotinho na minha ausência e esmagar a porra do crânio dele.

De qualquer forma, Jimin está sentindo falta de seu tio favorito e agora estou de volta. Uma reunião já foi, falta uma.

Troian.

A raiva surge através de mim enquanto seguro o volante. Maldito Troian.

Antes que ele morra, farei com que meu irmão saiba que me vinguei dele fazendo meu império, pedaço por pedaço, começando com seu filho e terminando com cada centímetro quadrado desta cidade. Dois anos atrás, se ele tivesse recuado e me deixado voltar, eu poderia ter sido gentil em assumir as rédeas. Achei que ele ia esquecer aquela foto com a stripper e me implorar para voltar para o lado dele, mas semanas se passaram e depois meses, meu telefone ficou mudo. A teimosia do meu irmão sempre foi de classe mundial, mas desta vez sua mesquinhez atingiu um novo nível. Tirar o controle da família Belyaev é um insulto que ainda arde e nunca mais vou embora. Esta é a minha casa. Minhas ruas. Minha cidade. E esse garoto no banco do passageiro ao meu lado?

Esse é a porra do meu esposo.

- Você parece satisfeito consigo mesmo. - diz Jimin, olhando para frente através do para-brisa com uma linha problemática entre as sobrancelhas. Seu cabelo prateado está caindo em cascata sobre seus olhos e está salpicado de sangue. Embora seu rosto esteja pálido contra sua roupa preta, há duas pequenas manchas de cor queimando em suas bochechas.

Ele está com raiva de mim? Ou ele está corado com a memória do que acabamos de fazer juntos?

Eu corro minha língua contra o céu da boca, lembrando cada detalhe e sensação de seu sexo contra a minha boca. O cheiro de sua excitação. Os gritos que ele deu quando gozou. Não estou satisfeito por ele ter me dado seu pau com um pouco de persuasão. Estou encantado pra caralho.

Depois de três anos de desejo incessante, finalmente o provei. - Claro que estou satisfeito. Você sabe que nunca estou mais feliz do que quando estou com você.

Estendo a mão para pegar a mão de Jimin, mas ele se afasta e se vira para olhar pela janela.

- Você poderia ter me enganado. - ele murmura.

Lentamente, puxo minha mão para trás. Isso queima, mas suponho que ele não pode deixar de ficar com raiva de mim quando não conhece a história completa sobre onde estive todo esse tempo e por quê.

- Perdi dois dos seus aniversários. - murmuro, virando à esquerda em uma rua familiar. - Dois Natais. Todos os seus dias felizes. Todos os seus dias tristes. Todos os dias em que você precisou de mim e alguns dias em que estava com tanta raiva de mim que não conseguia respirar. Mas agora estou de volta, princesa, vou gastar cada segundo te compensando por ter sumido por tanto tempo.

Brutal. C ; 지국Where stories live. Discover now