CAPÍTULO XXXV

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Lombardia, Campione d'Italia.


O lugar extenso e verde brilhava pelo sol, a grama um pouco alta, sinal de que não cortavam com frequência. Após a chegada na mansão Villanueva, os portões se abriram, o cheiro de uva fresca ficava no ar. O local mudara com certeza. A vinícola havia sido mudada, desta vez, nos arredores da moradia. Alguns homens apareceram, quando avistaram o reflexo de Soyoung pelo carro, rapidamente abriram o portão dando acesso à casa, havia demorado quatro dias para sair das Ilhas Elba e irem até Lombardia, Ji-Hun, ficara impressionado com o tamanho da expansão de terra e principalmente a entrada da casa. Não poderia ser diferente a primeira impressão de ver a propriedade e comparar com um "palácio".

Móveis e até mesmo objetos estavam cobertos por plástico, algumas vezes, panos o cobriam por conta da poeira que poderia acumular. Alguns funcionários foram realocados para outro lugar, os novos eram estranhos, mas respeitavam a visita na qual fora tanta falada após ela ir embora. Sophie tinha seu nome respeitado por conta da sua reputação e como o sobrenome Villanueva ainda não lhe pertencia. Uma mulher apareceu repentinamente, cumprimentou e esperou ansiosamente o que Soyoung iria pedir, negou e pediu que a mesma não iria precisar de nada no momento. Após sair, Soyoung fora em direção às escadas, junto ao irmão subiu em trajeto ao escritório, a chave girou com a maçaneta e a porta rangeu assim que foi aberta.

- Nunca vi um escritório tão limpo e conservado. - Disse Ji-Hun.

- Se tem algo que essas pessoas têm medo é dos mortos. Agora pensa, Alejandro "morreu", e é óbvio que o morto irá querer seu bem precioso conservado. - Soyoung sentou-se na cadeira, observou ao redor e notou coisas que ela sequer notava enquanto estava lá.

- Mas o que viemos fazer aqui? Já falamos com a freira, temos o plano em mãos.

Ela sorriu, ficou de pé, suas mãos seguravam sua cintura e automaticamente seus olhos percorreram os livros antigos da estante de madeira antiga.

- Ele tem segredos pela casa, e eu sempre achei esquisito como todos desapareciam sem passar pelo portão, até mesmo inimigos de Alejandro quando tentavam se salvarem em busca de acordos, eles sumiram. - Seus dedos dedilhavam pelos livros e puxavam um por um enquanto contava. - Eu nunca tentei, mas...

Assim que sua mão puxou o livro, o barulho de destrave aconteceu, a estante se arrastou para o lado esquerdo sem fazer barulho e um corredor iluminado estava ali. Ela sorriu, encarou o irmão como se dissesse "eu disse", ambos adentraram com cautela e seguiram o corredor até encontrarem uma enorme sala. Uma cópia do escritório do departamento do FBI estava ali, em perfeito estado, entretanto, desligado. O momento de um baque surdo em ambos aconteceu, Ji-Hun começou a andar pelo local, totalmente incrédulo encarou a irmã totalmente estática.

- É igual ao do papai. - Ele disse. - Esse homem tem um escritório do FBI aqui dentro? Como?

- Eu não sei. - Ela sussurra. - Começa pelo computador, vamos ver o que encontramos aqui.

Soyoung sentiu suas mãos suarem e dormência, mas precisava iniciar algo, algumas gavetas tinham caixas soltas pelo chão, arquivos e tudo sobre ela estava ali. Fotos na época em que a Soyoung havia sido colocada para outro pelo pelotão, enquanto seu irmão ficava na reserva, ambos serviram o exército aos vinte anos, papelada sobre missões, fichas e relatórios que ela escrevia. Seu nome foi chamado inúmeras vezes pelo irmão, ela apenas prestou atenção quando o mesmo bateu na palma, despertando-a dos pensamentos.

- Soyoung! - Novamente a chama. - Tem certeza que você confia nesse homem?

- Eu não confio em ninguém, sabe disso. - Ela ficou de pé e fora em direção ao rapaz que hackeou o computador.

𝐕𝐢𝐥𝐥𝐚𝐧𝐮𝐞𝐯𝐚 Where stories live. Discover now