A OUTRA FACE DA FERA

DRAGÃO

200 anos antes.

Meu nome é Galadriel, venho de uma família de magos antigos que são lembrados e reverenciados pelos seus sucessores.

O objetivo dos magos é sempre ser mais forte e mais poderoso.

Sabendo disso, eu cresci buscando me aperfeiçoar cada vez mais.

Na minha mente eu me tornaria a pessoa mais forte do nosso clã.

Era também o sonho de todas as crianças que cresceram comigo.

Então eu comecei a ler livros de magos e aprender magia branca e negra.

Fiquei muito forte, porém quanto mais eu ficava forte, sempre havia alguém que me superava.

Nosso líder atual era o homem mais forte já existente no nosso clã.

Sempre nos encorajava a ser mais fortes e sempre superar nossas dificuldades.

Nosso líder criou um grupo de magos guerreiros para defender o povoado e sair em algumas missões de caça e exploração.

Eu fui um dos guerreiros escolhidos, foram vinte jovens de dezoito a vinte e cinco anos, escolhidos para ser a segurança do povo.

Certo dia houve um grande barulho próximo a nossa aldeia, eram homens das matas que saiam para saquear, matar e queimar povoados.

O povoado vizinho estava em chamas e muitas pessoas mortas pela madrugada.

Por ordem do nosso líder levantamos e fomos à guerra , pois o próximo povoado a ser atacado poderia ser o nosso.

Depois de uma palavra de incentivo os vinte jovens partiram para a batalha.

Amigos e conhecidos prontos para lutar ou morrer.

Os chamados homens das matas, eram homens parecidos com agente mas eram mais fortes e tinham quase o dobro da nossa altura.

Eles costumavam atacar povoados que não havia resistência nem exército para combatê-los, eram bons de briga e lutavam com pedaços de madeira em suas mãos esmagando a todos quanto virem.

Marchamos o mais rápido possível para aquele povoado.

Me lembro dos barulhos das pisadas e dos gritos de incentivo.

Espadas em mãos e livros de magia presos ao cinto.

Amigos colegas e jovens cheios de expectativas e sonhos a serem realizados indo para uma guerra que eles não podiam vencer.

Chegamos ao povoado e a batalha começou, um banho de sangue estava se iniciando.

Matamos alguns quando chegamos de surpresa, mas quando eles perceberam nós encurralaram e o grupo se dispersou.

A partir dali, cada um lutou sozinho e eu ainda assustado andando passo a passo para trás até encostar em uma casa que estava já destruída pelas chamas.

A parede da casa caiu sobre mim e eu bati com a minha cabeça no chão até que fui perdendo os sentidos e desmaiei.

Enquanto estava no chão e meus olhos iam se fechando eu pude ver os homens da mata batendo nos meus companheiros com pedaços de pau e matando um a um até que eu não vi mais nada.

Desmaiei e fiquei ali jogado debaixo daqueles escombros dos restos de uma casa destruída.

Amanheceu e eu senti  forte cheiro de fumaça misturado com cheiro de sangue.