Capítulo Dezesseis

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Pov Wednesday

Voltava para casa com meu irmão, Eugene, rindo e nos empurrando brincalhões. Ele fez uma piadinha sobre ter me flagrado de chamego com Enid. A verdade é que fazia anos que eu não me sentia tão bem. Ter passado a tarde com eles, com Enid foi perfeito. Tudo ali entre nós parecia se encaixar, como uma verdadeira família. Mas ao chegarmos em casa, fomos surpreendidos por uma visita inesperada. Meu pai, minha mãe e o mesmo homem que estava ontem aqui. Agora posso ver seu rosto claramente: pálido como eu, olhos com olheiras profundas, um olhar penetrante e um rosto sério, uma postura invejável, assim como a minha. Tente falar, mas sou impedida de falar pelo meu pai.

— Que bom que vocês chegaram. Este são os meus filhos.

— E quem é ele, pai? — Perguntei, observando o homem.

— Me desculpe. Sou Xavier Thorpe, é um prazer — Ele estendeu a mão para mim.

— Infelizmente, não posso dizer o mesmo — Respondi, sentindo o olhar dos meus irmãos sobre mim.

— Certo, bom, eu venho em paz

— Não parece, especialmente pelo estado daquele homem destroçado — Fui ríspida.

— Eu vim justamente por causa dele. Sou da corte dos Volturi.

— Oh... então quer dizer....

— Não fui eu, se é que você estava pensando nisso.

— Para alguém dos Volturi ter vindo, parece ser sério. — Cruzei os braços.

— Certamente. Esse tipo de assassinato coloca toda a linhagem de vampiros em risco.

— Você não achou nada sobre o suspeito? — Yoko se aproximou, ficando ao meu lado.

— Não, e esse tipo de assassinato já vem ocorrendo há alguns meses, mas nunca conseguimos pegar o responsável.

— Eu achei que você tinha vindo porque a Wednesday está nam....

— EUGENE! — Interrompi-o, repreendendo-o com o olhar.

— Não se preocupe, meu mestre já está ciente disso. Mas temos coisas muito maiores para resolver — Xavier recuou seus braços — O cheiro dela está impregnado em você, dá para sentir esse odor horrível de longe.

Eu o olho com raiva quando ele se refere a Enid daquela maneira. Quando eu iria para cima, Yoko rapidamente passa o braço na minha frente, me segurando e sussurra dizendo para manter a calma. Apenas balanço a cabeça concordando, vendo o sorrisinho cínico dele.

— Vejo que tem zelo pela pulguenta. Será que ela tem o mesmo por você? Um monstro como nós, como você.

— Não fale dela. Você não sabe do que sou capaz — Fiquei de frente para ele.

— Wednesday, por favor — Minha mãe, Mortícia, interveio, olhando-me com carinho. — Vamos ficar calmos e ajudar os Volturi nisso.

— Agradeço, Mortícia.

— Para você, é Senhora Addams. Bom, iremos ajudá-lo, mas apenas com uma condição

— Qual seria? — Xavier perguntou.

— A permissão para que Wednesday possa ficar com a adorável Lobisomen.

— Oh... Teremos que conversar com o chefe

— Não vejo problemas, está de acordo? — Olhei para Xavier.

— Tudo bem, estamos.

[...]

Os dias se passaram de forma rápida, e a Lua cheia estava se aproximando. Não tive mais encontros com Enid, pois Ajax, o Pulguento, estava grudado nela o tempo todo. Os encontros estavam ficando difíceis, então resolvemos dar um tempo até que ele possa desgrudar. Mas não deixo de pensar em como prometi que me encontraria com ela neste dia. Seguro meu colar e olho para o céu aberto. Dias como este eram raros.

Xavier passou esses últimos dias aqui em casa. Era insuportável ter que aguentar esse homem. Tudo que eu queria era arrancar a cabeça dele e queimá-lo no fogo, principalmente quando ele cita a Enid com o seu sarcasmo e deboche, só para me provocar. Infelizmente, não posso fazer nada por causa da maldita leis da corte dos Volturi.

Só espero que nada de ruim possa acontecer a Enid ou a minha família. Sinto que há perigo pairando por perto, e isso não é nada bom.

— Se continuar suspirando assim, vou achar que você está infartando — Ouço Divina se aproximar da janela onde estou sentada.

— Se fosse só isso, eu estaria tranquila.

— O que te aflige?

— Apenas estou com uma sensação de algo ruim vai acontecer. Só posso estar ficando louca.

— Então eu também estou,

— Sente que algo de ruim irá acontecer?

— Tive algumas visões, mas era conturbadas demais para entender algo.

— Espero que fique tudo bem e que não seja nada. — Divina expressou sua esperança.

— Também torço por isso também. — Respondi.

— Humrum. — Olho para o meu color e faço carinho no mesmo.

— Está com saudades, né? — Olhei para ela.

— Estou. Queria poder ficar com ela.

— Tenho certeza de que vai ficar.

— Não pode ter tanta certeza.

— Claro que posso — Dei um sorrisinho.

— Sabe de algo que eu não sei? — Olhei para ela.

— Não, é apenas intuição. Agora vamos jogar xadrez com Pusgley, você sabe que ele gosta quando você está. — Ela saiu.

— Tudo bem — Segui-a para sala. 






Fiz esse capítulo curtinho, me desculpem, mas ando com problemas e estou bem desanimada. Vou tentar fazer um capítulo maior e postar amanhã, agradeço os 10K, escrever essa história tem me ajudado a não me afundar em um tipo de abismo escuro que habita minha mente. 

Crepúsculo (Wenclair) G!POnde histórias criam vida. Descubra agora