Capítulo Vinte e Dois

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Pov Enid

Bianca dirigia em alta velocidade. Ela comentava sobre os sacrifícios feitos pelos Volturis. Estávamos para a Alemanha e já fazia horas que estávamos dentro daquele carro. Eu não sabia se conseguiria chegar a tempo para impedi-la de fazer isso. Minha garganta estava seca, minhas mãos tremiam, batucando impacientemente as minhas coxas.

Olhei para Bianca. que parecia tranquila. Ela me olhou e deu um sorriso para tentar me tranquilizar. Apesar de tentar manter a calma, meus pensamentos só estavam voltados para Wednesday. Ela precisa saber que eu estou viva, que ainda vamos ficar juntas durante a eternidade. Tudo que quero é abraçá-la e dizer que a amo. Observo a paisagem, vendo Bianca entrar na cidade, indicando que já havíamos chegado ao nosso destino, ou que pelo menos estávamos mais perto dele.

As pessoas andavam pelas ruas festejando, algumas bêbadas e fantasiadas. Bianca estaciona o carro, então tiro o cinto e quando ia abrir a porta para sair, sinto ela tocando em meus ombros. Olhei para ela e ela abre a mão, mostrando um anel.

— Este anel está com um feitiço, ele vai disfarçar seu cheiro — Bianca diz, colocando o anel na minha mão.

Coloco o anel. Ele era feito de prata, com um símbolo em espiral e uma lua no centro. Se esse anel era para disfarçar o meu cheiro, então quer dizer que eu não queimo no sol? Faço uma cara de confusa e olho para Bianca.

— Eu não queimo no sol? — Pergunto.

— Por ser um híbrido, você não vai se queimar. Vá até a praça. Lá irá ter um palácio antigo, é lá que os Volturi vivem. — Diz Bianca.

— Certo. Obrigado, Bia — Dou um sorriso.

— Não precisa agradecer, agora vá e volte com ela. — Bianca me dá um sorriso.

Saio do carro apressada, olho tudo em volta enquanto ando. Vejo uma multidão que seguia em direção a um único lugar e avisto uma grande estrutura parecida a de um palácio antigo. O centro da praça estava lotado de pessoas. Havia um homem amarrado, sua pele tão pálida quanto a neve, olhava para o céu. Quanto menos esperava, uma estaca é enfiada em seu coração, fazendo-o ficar seco e enrugado.

Arregalo os olhos com aquela cena, engulo seco e tento achar uma saída no meio daquela multidão. Então vejo uma porta se abrir, e lá estava a minha garota, usando um roupão vermelho que mostrava seu top preto. Seus olhos transmitiam tristeza, medo e culpa. Meu coração se aperta. Saio correndo em direção a ela, empurrando aqueles que estavam em minha frente sem me importar. Quando a alcanço, a puxo pelo pulso e a abraço.

Meus braços rodearam seu pescoço, apertei o abraço e senti seus braços rodearem minha cintura de forma rápida, me apertando contra o seu corpo. Me afastei para olhar em seu rosta, mas sem sair de seu toque. Seus olhos estavam marejados, provavelmente estava se perguntando se aquilo era real ou ela estava tendo algum tipo de alucinação.

— Eu estou aqui, Willa, isso é real. — Falo enquanto acaricio seu rosto.

— Mi amor, você está bem? Como chegou até aqui? — Wednesday me pergunta confusa.

— Longa história, vamos sair daqui. — Tento lhe puxar, mas ela me segura.

— Eu preciso explicar para os Volturi porque não irei mais me sacrificar. — Wednesday me diz e sinto ela me puxar para dentro.

Adentro com ela. As luzes lá dentro eram mínimas, poucas pessoas passavam pelos corredores e existiam pálidos lá, muitos deles. Sinto Wednesday entrelaçar nossas mãos. Uma garota loira falou com ela e pediu para que nós a seguíssemos. Paramos em frente a grandes portões, que logo são abertos, revelando um homem pálido sentado diante de um trono. Sua pele era pálida, seus cabelos longos. Suas vestes eram pretas com uma capa vermelha, e ao lado dele existiam mais dois homens.

Ele nos olha e faz um sinal com o dedo para nos aproximarmos. Aperto a mão de Wednesday com força, olho para ela; seu rosto não transmitia nenhuma emoção. Quando volto meu olhar para o homem, ele se levanta descendo um dos degraus, e finalmente ele se pronuncia.

— Vejo que desistiu de encontrar a sua morte. — O homem de cabelos longos diz.

— Houve um engano, ela não está morta. — Wednesday falou.

— Mesmo assim, é contra as leis vampiros e lobisomens se relacionarem. — Um dos homens que estava ao lado do outro diz.

— Menos, Félix. Por favor, se aproxime garota. — Ele apontou para mim.

— Se tiver de fazer algo, faça em mim. Mas não toque nela — Wednesday se pôs em minha frente.

Toco em seu braço, fazendo-a me olhar, e sussurro que está tudo bem. Vou até o homem; ele segura em minha mão e fecha seus olhos. Um sorriso brota em seus lábios. Então, ele volte a me olhar e logo diz:

— Vejo que morreria pela sua namorada, mesmo ela sendo sua inimiga natural, fascinante. — Ele larga a minha mão.

— Eu faria tudo por ela, senhor. — O encaro.

— Senhor não, me chame de Aro. — Aro colocou suas mãos para trás.

— Certo... — Aperto minhas mãos.

— Bom, em relação ao namoro, irei deixar isso de lado. Existe coisas maiores para me importar no momento. — Aro me dá as costas e logo se senta em seu trono.

— Isso é inadmissível, senhor. Temos que eliminá-las ou causaram mais problemas para nós. — Felix protestou e partiu para cima de mim.

Quando eu iria desviar de seu golpe, Wednesday entrou na minha frente, impedindo que ele me tocasse. Ela contorceu o braço dele e o quebrou. Logo em seguida, ela pega em seu pescoço de maneira rápida e o quebrou, fazendo-o cair duro no chão. Escuto Aron bater palmas e mandar gentilmente a gente sair dali caso contrário teríamos mais problemas com o Felix.

[...]

Pov Wednesday

Estava sentada em uma cama de casal. Depois daquilo, Enid me trouxe junto para o local em que ela ficou durante esses dois meses. Ela me explicou o que havia acontecido e como ela tinha se transformado em hibrida, o que me surpreendeu. Na verdade, muitas coisas me surpreenderam, principalmente pela tal da Bianca ser uma bruxa. Eu achei que elas nem existiam mais de fato. Suspiro pesadamente e escuto a porta ser aberta, revelando Enid com quatro bolsas de sangue.

Ela as coloca na banquinha e me olha de cima abaixo, mordendo seus lábios. Só assim me lembro que estou apenas de calça, um top e um roupão aberto, dando visão do meu abdômen trincado. Coloco o roupão por cima para cobrir e desvio meu olhar, envergonhada pela forma como ela me olhava.

Sinto ela se sentar em meu colo. Ela pega em meu queixo, fazendo-me olhá-la em seus olhos. Colamos nossas testas, seus lábios roçaram levemente nos meus, fazendo-me soltar um suspiro. Seguro sua cintura, puxando-a mais para mim. Logo, ela cola nossos lábios em um selar simples, que se aprofunda rapidamente. O beijo é cheio de saudades, seus lábios continuam macios e doce como dá última vez em que os beijei.

Enid me faz deitar na cama. Ela passa suas mãos pela minha barriga, fazendo-me arrepiar. Paro o beijo e a olho; ela tinha um sorriso sapeca. Inverto nossas posições e fico por cima, prendendo-a. Dou um sorriso e começo a distribuir vários beijos por seu rosto.

— Willa, pare, por favor. — Escuto Enid falar e rir.

— Só se você me falar que me ama. — Continuo com os beijos.

— Eu te amo — Enid diz.

— Muito? — A encaro.

— Muito. — Enid sorri para mim. 

Crepúsculo (Wenclair) G!POnde histórias criam vida. Descubra agora