18 | Morrer de Amor.

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Oii

— Faz tempo que não entro em uma piscina — Lalisa sussurra bem baixinho, o tom de voz demonstrando seu incômodo

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— Faz tempo que não entro em uma piscina — Lalisa sussurra bem baixinho, o tom de voz demonstrando seu incômodo. Ela também se incomoda com essa sensação, não sou só eu.

É sempre uma luta estar perto dela e ter em mente de que isso tudo é muito errado. Sei que deveria aceitar de uma vez por todas que o que nós temos é isso, e sempre vai se basear nessa situação embaraçosa de todos os dias. Hoje ela brigou com o namorado por minha causa, mas amanhã pode brigar comigo por causa do namorado dela... porque sim, pelo que as pessoas falam a respeito dele, ele tem total poder sobre a Lalisa e pode muito bem colocá-la contra mim. Só de pensar em me afastar da Lalisa é um baque gigantesco, não consigo me conformar com isso, dói muito. Dói saber que isso só daria certo se eu fosse homem e pudesse lutar por ela, mas não posso fazer isso.

Nunca pensei em me sentir desse jeito com uma garota, ainda me assusta muito o fato de eu estar apaixonada por ela, porque é impossível sentir isso tudo que estou sentindo e não identificar como paixão. É complicado admitir, mesmo que pra mim mesma, fico me sentindo horrível o tempo todo, é como cometer um crime gravíssimo e correr o risco de ser flagrada pela polícia... e nesse caso a polícia são meus pais e o mundo ao nosso redor, porque além de tudo ela é comprometida e as pessoas sabem disso, o namorado dela faz questão de expor.

Mas por que tem que ser tão difícil? Dizem que a primeira paixão é sempre a mais forte, e agora estou percebendo que sim... isso está me matando sem que absolutamente nada tenha acontecido, que dirá se tivesse.

Estar no mesmo cômodo que ela me mata. Olhar para ela todos os dias e ter a plena convicção de que estou fazendo algo de errado me mata. Ver o relacionamento dela com o namorado e saber que ele a tem na palma das mãos me mata. Saber que ela pode se afastar de mim a qualquer momento me mata. Sinceramente... estar apaixonada por ela é a mesma sensação de não ter certeza de nada e ainda assim ter que continuar sobrevivendo a isso.

E dói.

— Nunca entrei nessa aqui, mas sempre foi meu sonho ter uma casa com piscina — sorrio, pensativa. É engraçado pensar no que conquistei em tão pouco tempo, meus pais também sempre quiseram uma casa com piscina, e agora que conquistaram, também nunca entraram. É sempre assim.

— Quer entrar agora? — ela pergunta com um brilho esquisito nos olhos, parece animada demais para quem ainda está reflexiva sobre minha resposta para ter certeza de alguma coisa. Franzo as sobrancelhas, confusa se ela está falando sério ou apenas brincando comigo.

— Que? Ta maluca? Eu ainda não comprei biquíni.

E de fato preciso ir até o shopping comprar alguns itens essenciais... nem se um dia alguém quiser ir pra cama comigo, acho que não teria coragem de expor minhas calcinhas de bichinhos que uso até hoje. Detesto calcinhas de renda e esse tipo de frescura, sempre odiei qualquer coisa desconfortável que fica machucando, então sempre optei por calcinhas de algodão, e consequentemente as que eu comprava eram sempre de bichinhos fofos... e eu uso até hoje. Acho que eu morreria de vergonha.

Lowkey | JENLISAOnde histórias criam vida. Descubra agora