◖Prólogo◗

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   Era uma vez a muito tempo, tipo, uns 20 anos atrás. A Bela casou com a Fera diante de 6 mil dos seus amigos mais íntimos, teve um bolo grande, mas enfim, ao invés de uma lua de mel a Fera uniu todos os reinos e se elegeu rei dos Estados Unidos de Auradon, ele juntou todos os vilões e os malvados e os enviou para a ilha dos perdidos e fez uma barreira mágica para mantê-los lá. Sem magia, sem wifi, sem saída.

   Essa é a história mais conhecida que enche toda a população de Auradon de orgulho, basicamente essa é a história mais contada para os filhos na hora de dormir.

   Convenhamos que é até uma história interessante, mas Malik sempre achou a sua mais.

   Se fosse por uma diferença de alguns anos, ou melhor, meses, ele estaria na ilha junto aos demais, tinha plena e absoluta certeza disso.

   Voltando ao presente momento, Ben provava seu terno que usaria na coroação onde se tornaria rei. Já havia perdido as contas de quantas vezes o alfaiate havia virado a cabeça de Ben para não olhar para a janela e sim pra frente.

   Malik estava sentado na poltrona macia e confortável perto do melhor amigo quando avistou a Bela e a Fera passando por entre as portas de vidro adornadas lindamente.

   - Não acredito que vai ser coroado mês que vem, é só um bebê. – disse Fera adentrando mais o lugar com sua esposa ao seu lado.

   - Ele vai fazer 16 anos. – reclamou bela.

   Ben cumprimentou o pai com apenas um oi, era visível o nervosismo do rapaz e o moreno sabia o motivo.

   - 16? É muito novo pra ser rei, só tomei boas decisões depois dos 42.

   - Decidiu se casar comigo com 28 - Reclamou Bela, seu vestido amarelo fazendo movimentos suaves e graciosos Conforme se movia.

   - Foi só pra me livrar de um bule – Ben deu uma risadinha.

   O moreno de cabelos rastafari ainda não havia se pronunciado e o clima começou a ficar meio tenso naquela sala.

   - Oi mãe, oi pai – Acenou de longe. Ele e o futuro rei de Auradon eram amigos desde pequenos, os seus pais eram maravilhosos também, mas ele havia pego o costume de os chamar assim.

   - Olá Malik, como vão seus pais? – Fera perguntou vendo o moreno se levantar da cadeira.

   Era impossível não notar o estilo que se vestia, calça jeans, all Star e uma blusa por dentro da calça, ambos os pais de Ben sempre acharam que isso era uma antiga influência do gene de seu avô. Mas quando precisava estar Socialmente vestido Malik e sua família sabiam como o fazer com estilo.

   -Estão bem, ocupados com os problemas  das Terras do Reino e com alguns leões brigando entre si, mas tirando isso tudo ótimo. – respondeu colocando as mãos no bolso e indo ficar ao lado do melhor amigo.

   - Fico mais feliz e tranquilo também.

   A pequena conversa de ambos foi rapidamente cortada por Ben chamando seus pais, agora aparentemente era a hora e o moreno sabia que estava ali por que seu melhor amigo precisava de apoio.

   - Eu já escolhi minha primeira proclamação. – Disse confiante e seus pais em um Estado pequeno de preocupação. – Decidi que as crianças da ilha dos perdidos devem ter a chance de viver em Auradon.

   Bela fez um barulhinho e derrubou a roupa azul que segurava no chão, talvez tudo não estivesse indo tão bem assim.

   - Toda vez que eu olho pra ilha sinto 
que eles foram abandonados. – Disse chegando mais perto de seus pais, mas antes de ir deu um olhar a Malik que significava que ter ele ali estava ajudando muito mesmo sem falar quase nada.

   - Os filhos dos nossos inimigos vivendo aqui?

   - E por que não? O pai de Malik se redimiu pouco antes da barreira ser construída e ele não faz mal nenhum aqui. – Os pais de Ben pensaram. – começaremos com alguns deles, aqueles que mais precisarem. Eu já os escolhi.

   - Escolheu? – o pai de Ben não parecia muito inclinado a aceitar.

   Malik percebendo o clima pesado decidiu se aproximar de onde seu melhor amigo estava tocando-lhe o ombro com a mão cheia de anéis.

   - Eu te dei uma segunda chance. – Bela tentou, pois no fundo ela sabia que o marido teria compaixão e pensaria nos demais da ilha, principalmente pelo melhor amigo de seu filho. – Quem são os pais?

   - Cruella deVil, Jafar, a rainha Má e Malévola.

   O alfaiate se assustou com a menção ao seu nome e o atual rei não pareceu ter ficado feliz quando repetiu o nome da vilã.

   - Ela é a pior Vilã desta terra.

   - Pai, me escuta até o fim. – o ombro de Ben ficou rígido abaixo da mão do moreno.

   - Eu não quero saber, eles são culpados de um monte de crimes.

   - Mas os filhos são inocentes, não merecem uma chance de uma vida normal? – Pelo canto dos olhos verdes como grama, Malik pode ver os dois homens que cuidam da porta se retirarem e a fecharem cuidadosamente. – Pai.

   Suplicou uma última vez, antes de aceitar, deu uma olhada para a esposa que acenou com a cabeça e logo seu olhar se desviou para Malik, talvez se desse uma chance não seria tão ruim.

   - Imagino que sejam inocentes. – o ombro de Ben relaxou e logo o que restara foi apenas um toque fantasma já que o moreno recolheu sua mão novamente para a colocar dentro do bolso da calça.

   Os pais do futuro rei logo começaram a sair, sua mãe dizendo palavras de conforto rapidamente antes de ir.

   O loiro olhou perdidamente para a ilha dos perdidos.

   - Ei, você conseguiu mesmo. – o moreno se aproximou, os cabelos rastafari compridos com metade preso em um coque como sempre deixava se agitaram Conforme a pequena caminhada.

   O loiro o olhou, seus olhos brilhando de esperança.

   - Não, nós conseguimos, você me ajudou a escolher eles e me ajudou apenas de estar aqui.

   Os dois se olharam e sorriram, pois agora era só ajeitar as coisas e logo logo esperavam que Auradon fizesse com que a galera da ilha dos perdidos decidisse ficar e tentar ser melhor.




Revisado mas ainda pode conter erros ortográficos.

Entre garras e gancho - Harry HookOnde histórias criam vida. Descubra agora