5-O beco

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Lá estava eu... parada em frente a um beco escuro, decidindo se eu entrava ali ou desistia de fugir. Enquanto isso o piscicopata doente vinha em minha direção, se aproximando cada vez mais.
 
  Eu tinha que me decidir logo antes que fosse tarde de mais. Entrei no beco correndo naquela escuridão, onde eu não conseguia enxergar nada a não ser a luz no "fim do tunel", ou melhor, do beco. Lágrimas rolavam pelo meu rosto e entravam em contato com os flocos de neve que voavam sobre ele.

  Finalmente estava chegando no final do beco e toda aquela perturbação iria acabar assim que eu entrasse na minha casa, mas infelizmente isso não aconteceu. Senti uma forte pancada na parte de trás da minha cabeça e tudo começou a escurecer. O desgraçado havia jogado uma pedra grande em mim. Eu caí no chão sentada e comecei a me restajar em direção ao final do beco, tentando não fechar meu olhos para me manter forte.
 
  O homem se aproximava cada vez mais. Eu rastejava cada vez mais rápido. Tudo estava embaçado e meu ouvido zumbia. Por causa da dor, coloquei a mão na cabeça e quando olhei para ela estava com muito sangue.
  Me desesperei e minhas forças sumiram, então parei de me mecher e deitei minha cabeça no chão, fazendo barulhos pela dor.

  O homem se aproximou e enroscou a sua mão em meu cabelo. Ele puxou minha cabeça para trás com força, me fazendo olhar para seu rosto e eu gemi de dor. Após isso, ele abriu a boca para falar algo que saiu abafado e distorcido por conta do meu ouvido zumbindo:
 
   –Você não deveria ficar andando por aí  a noite e sozinha, ainda mais em becos escuros como este. Você é tão bonita.– ele fez uma expressão nojenta.

  Ele começou a me arrastar pelos cabelos até um canto muito escuro do beco, onde havia uma passagem que quase ninguém utilizava por ser muito deserta e perigosa.

  – Fica quietinha, gracinha. Isso mesmo, muito bem! – Ele dizia sorrindo e fazendo carícias no meu corpo enquanto eu chorava sem conseguir falar nada e nem me mecher.
– Abre a perna pra mim agora...– O tarado disse abrindo minhas pernas e se colocando no meio delas.
 
  Eu gemia e chorava de dor e de ódio mas ainda sem conseguir me mecher.
  Juntei todas as forças que ainda me sobravam e dei um chute no órgão dele, que logo gritou e me empurrou.

SUA PUTA, AGORA VOCE VAI TER OQUE MERECE– Ele levantou uma mão para me dar um soco no rosto e com a outra ele desabotou minha calça.

  Eu estava com muito medo e senti que seria ali que eu iria morrer. Naquele momento eu estava muito fraca por conta de todo o sangue que eu perdi.

– Oque você pensa que está fazendo?... – Alguém no qual eu não conseguia ver o rosto cutucou o piscicopata e falou calmo e frio atrás dele.

    Quem é aquele homem?....

Minha Pura AlmaWhere stories live. Discover now