SOBRE BOMBAS E PAVIOS

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Ele era frágil

Não frágil como uma flor

Ele era frágil como uma bomba

E toda bomba um dia explode

E era uma missão impossível desarmá-lo

Sempre tão cheio de autodefesa

Repleto de mecanismos qualificados

Para repelir todos aqueles

Que quisessem o desarmar

Desligar o pavio que ele mesmo acendera

Ateando seu fogo de mágoa e desespero

Este sim, flamejante, vívido e vistoso

Diferentemente dele, cujo calor

Não podia-se mais sentir a qualquer distância

E justamente por esse motivo

Foi que ele resolvera acender o pavio

Para que, então, pudesse explodir de vez

POEMAS DE UM BORDERLINEWhere stories live. Discover now