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Mantive meu olhar sobre o do Kazutora, e o nosso contato foi quebrado pela entrada de Wakasa na loja. Ele parecia um pouco ferido, mas nada que fosse muito grave, ao ver da situação, qualquer um poderia dizer que Kazutora havia nos feito de refém, ao menos na mente de Wakasa funcionava assim.
— Rize, venha — Wakasa diz — não vou deixar ele te machucar.
Olhei para Kazutora e sua expressão continuava a mesma, ele não me olhou e aquilo me assustou um pouco.
— Rize! — Wakasa me chamou novamente
Kazutora não se moveu, o seu olhar estava vago, como se ele não realmente estivesse prestando atenção no que estava acontecendo ao redor.
Eu estava muito preocupada com aquela expressão que ele estava tendo, isso não tinha nada a ver com aquilo que eu esperava.
Eu o olhei novamente, esperando que ele estivesse me observando, mas ele estava olhando para algum lugar, para algum lugar que só ele estava vendo.
— RIZE! — O Grito de Wakasa me fez ter um leve solavanco me forçando a dar um passo pra frente de puro instinto.
— nos dois sabemos, que Kazutora nunca me machucaria — O olhei com seriedade
Eu não estava com medo de Kazutora, eu estava com medo daquela expressão vazia que ele estava fazendo. Ele nunca faria nada pra me machucar propositamente, mesmo quando ele se irritava, ele mantinha o controle.
Ele era tão calmo, tão tranquilo, como ele estava usando aquele olhar tão intense sem se importar com o que estava acontecendo ao seu redor...?
— Não faz isso Wakasa! — Baji gritou.
Wakasa avançou alguns passos e foi quando Kazutora me puxou pela cintura me virando de frente pra ele e em seguida erguendo a arma na direção do Wakasa.
—Kazutora?.... — sussurrei contra seu pescoço
Meu corpo gelou quando eu ouvi seu sussurro, porque eu sabia o quão perigosa aquela situação estava.
Kazutora respondeu com um sussurro, mas seu tom era completamente diferente. Estava totalmente vazio, ele estava realmente parecendo um demonio com aquele olhar.
— Fica em silêncio... - ele falou com um tom quase ameaçador.
— Então você descobriu não foi? — Wakasa diz com uma certa calma — esse fuzuê todo que a Valhalla ta fazendo é justamente por que você descobriu, que o acidente de carro que envolveu Rize, foi causado por Sano Shinichiro.
Meus olhos arregalaram e meu coração acelerou, tentei me afastar do Kazutora apenas para olhar em seus olhos, mas seu rosto não mostrava nenhuma alteração.
— É verdade? — perguntei
— Sim, eu descobri — ele respondeu, com um tom completamente monótono e frio.
Eu estava me assustando, porque ele estava mostrando muita calma, um tipo de frieza que parecia não se importar com nada que estava acontecendo ao redor dele.
Eu estava sentindo minha garganta ficar seca olhando para ele...
— Eu descobri e...... Eu quero que ele pague, eu quero que ele sofra.
Ele estava falando calmo, mas seu tom estava me parecendo mais sombrio e ameaçador com cada palavra que ele falava.
Shinichiro era respeitado, e ao mesmo tempo descrito como um santo, sei que Kazutora e baji fizeram algo na infância para Shinichiro, mas causar o meu acidente e me deixar longe do Kazutora, que benefício isso traria para eles? Isso também explica o motivo desesperador a qual Baji queria que eu não me lembrasse.
Ele queria proteger o Shinichiro, ou talves o Mikey.
— Shinichiro, disse que quer entrar em um acordo — Wakasa diz — se você estiver disposto a aceitar
— Não — foi a única coisa que ele disse, sem qualquer expressão no rosto.
Foi uma palavras simples, mas ele estava rejeitando um acordo com sua simples negativa, era como se ele estivesse rejeitando a própria chance de não fazer qualquer coisa com Shinichiro.
Fechei meus olhos tentando me concentrar nas minhas lembranças de forma silenciosa, algo que estava faltando, algo que faria com que Kazutora ficasse assim.
“Acha que ele vai gostar da notícia? “
“Kazutora vai amar tudo que vier de você, Rize! “
“Chifuyu... Eu to com medo, e se... “
“Rize... Kazutora vai amar, é apenas mais um motivo pra ele melhorsr. Ele é louco por você e você por ele, vai dar tudo certo “
Naquela noite o acidente aconteceu e eu não consegui contar ao kazutora, que eu estava a espera do nosso primeiro filho, já estava em uma gestação de três meses, e tinha acabado de descobrir.
Assim que abri meus olhos novamente, uma lágrima escorreu, mas tratei de disfarçar o mais rápido possível, me afastando daqueles dois e indo para o balcão, peguei um copo e o preenchi com whisky.
— nenhum acordo, vai trazer de volta o que foi perdido — murmurei e em seguida bebi o whisky.
— Kazutora — um subordinado da Valhalla apareceu — conquistamos o território dos black dragons, quais as próximas ordens?
