Capítulo 3

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Ela entra na sala exalando nostalgia, é muito gratificante ter a Leila me apoiando e ajudando com todas as minhas duvidas.

Mesmo ela tendo escondido todos esses anos que era casada com o senhor Bolsonaro, ela é uma ótima orientadora.

– Leila – Digo empolgada e levanto para abraça-lá assim que passa pela porta. – Qual o motivo da sua ilustre visita? – Minha voz fica assustadoramente alta e aguda.

– Soraya, tudo bem? Vejo que seu primeiro dia está sendo ótimo. Parabéns fico feliz por você. – Gira o corpo em 360° e olha todos os centímetros da minha sala. – Muito bom gosto.

Nos sentamos pela primeira vez em lados contrário da mesa, eu na cadeira de presidente e ela na frente.

– Eu não estaria aqui se não fosse você... – Sorrio grata.

– Tem razão, estaria em uma cadeira muito melhor, eu te segurei por tempo demais Sory. Mas estou aqui pra saber se você vai participar da competição.

– Competição? –Franzo o cenho.

Não faço a menor ideia do que Leila está falando e demonstro minha inteira dúvida na minha expressão facial.

– O maior escritor do país está procurando uma nova editora para seu novo livro, e como ele é maluco da cabeça vai abrir uma competição para as editoras do país e escolher uma. O prêmio além de seus próximos livros e um novo prédio para associados é uma valor em dinheiro, de 2,5 milhões de reais, o que é uma boa para a editora. Seria um marco na sua entrada conseguir ganhar esse desafio.

– Leila, co-como que eu faço isso? Nossa Senhora, eu não sabia que existia esse tipo de competição. – Sabendo que realmente marcaria meu inicio fico nervosa e acabo gaguejando.

– Não é nada fácil, querida. Mas você consegue. Eu posso te orientar, mas não fazer por você, já que não é mais o meu trabalho. – Segura minha mão e faz um carinho.

– Eu sei, Leila. – Respiro fundo. – Quem é o escritor, e como isso vai funcionar?

– Como vai ser, eu não sei. Mas é simplesmente o Vittorio Carvalho, ele não bate bem, isso é fato. Então, pode-se esperar tudo daquele cérebro brilhante.

– Vittorio, Vittorio? – Estralo os dedos tentado lembrar.

Estou em pânico.

Vittorio Carvalho é o melhor autor de comédia sátira de todos os tempos, os livros dele tem um humor ácido que todo mundo ama. Mas ele tem uma fama de quem dá estrelismo e de quem não bate bem da cabeça.

É uma oportunidade única ganhar essa competição, isso seria mostrar para a empresa e para mim mesma que eu não estou aqui só por causa da Leila, estou aqui porque sou competente e tenho muito potencial.

– Calma, Soraya. Ele vai dar um evento e você tem que ir. Acredito que Simone já saiba disso e deve competir também. – Ela respira alto – Está pronta para separar trabalho do pessoal?

– Por que todo mundo acha que eu não consigo separar nossa relação pessoal do trabalho?

Será que a Simone sabe da competição e não comentou comigo porquê quer ganhar? Se bem que ela não faria isso. Mas se ela tentar me sabotar? Não, ela já provou que eu posso confiar muito nela.

Soraya, Soraya, negócios são negócios. Ela não tem motivo de me comunicar sobre nada da Cultura, somos concorrentes, mas só na empresa.

– Soraya, relaxa. Eu fiquei sabendo em uma reunião ontem a noite, devo dizer que vocês duas tem uma grande torcida. Os acionistas das duas empresas estão apostando alto em vocês.

O jogo do amor - PoderDonde viven las historias. Descúbrelo ahora