Algoz - 31

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—CHICAGO,EUA

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—CHICAGO,EUA. Quinta-feira,15/08/2020

Amanhã é minha tão inesperada festa de dezessete anos. A última coisa que desejo fazer agora,é comemorar meu aniversário com uma festa. Mas sei o quão importante isso está sendo para os que estão ao meu redor. Minha mãe organizou tudo com tanta dedicação,que mais parecia um casamento,igual foi o dela e o do meu pai. Flores,vestidos,aperitivos,drinks tropicais para combinar com a estação que nasci.

Minha mãe diz que sou o sol em um dia de verão. Sou quente,brilhante e trouxe luz para a vida dela.

Deveria estar me alegre,tenho tudo o que muitos desejam,mas isso me tira a paz. Eu não quero comemorar meu dia com pessoas que mal querem saber se estou bem,e depois,saber que essas pessoas não vão nem lembrar de mim durante todo o resto do ano. Por mim,apenas meus amigos próximos estaria ótimo,os que me amam,me vêem todos os dias e sabem da minha existência.

Pela manhã eu saí de casa antes mesmo dos meus pais acordarem. Queria caminhar até a escola,esvaziar a mente e tentar aceitar que não tenho como escapar,vai ser apenas uma noite,e acabou. Não preciso temer.

Meu celular marcava seis e meia,ainda faltava muito para a escola abrir as portas,então,vou caminhando até o parque onde as idosas passeiam com seus cachorrinhos. No meio do caminho decido comprar um café ali perto.

Peço o de sempre,já que tenho medo de experimentar algo novo,e acabar não gostando e me arrepender. Pago e saio do local. O sinal estava amarelo,dando tempo para eu passar,mas alguém em uma moto azul marinho,com pneus que são maior que minha cabeça,decide acelerar com tudo,me fazendo dar passos desajeitados para trás e cair de bunda no chão.

Consequentemente,meu café cai em todo meu uniforme,por sorte não entrou em contato com minha pele.

A moto parou,e dela desceu o rapaz que também vestia o uniforme de Ancona. Sua mão branca e de palma larga,logo se estica para mim. Fico com receio de pegar,mas logo ele abre sua viseira,me dando a visão de seu rosto. Por educação eu aceito sua ajuda,e me levanto do chão. Os carros atrás de nós começam a buzinar,assim,eu atravesso indo para a calçada e ele tira sua moto do caminho. O garoto vem novamente a mim,e oferece sua jaqueta do uniforme,já que a minha estava completamente manchada de café.

ALGOZ - Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora