❥ 𝟵. 𝙲𝚘𝚖𝚘 𝚎𝚕𝚊 𝚜𝚎 𝚝𝚘𝚛𝚗𝚘𝚞 𝙹𝚎𝚗𝚗𝚒𝚎

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Jennie Pov

_Flashback_

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_Flashback_


— Jennie!

Eu estava com medo. Eu ouço suas palavras, mas sento na minha cama. Eu estava sozinha. Eu não tinha ninguém. Nem mesmo ela.

Seus passos ficaram mais altos quando ela se aproximou do meu quarto. Ela iria me bater de novo? Meus olhos recaem sobre a maquiagem que eu tinha na mesa ao lado da cama. Eu estava ficando sem corretivo, pó e base para cobrir os hematomas. Eu precisava comprar novos. Os olhos da pessoa do caixa seriam sempre curiosos e espantados, além de eu ter onze anos e comprar maquiagem.

— Você é surda, sua idiota?! — Ela estava perto. Eu estava prestes a chorar, eu estava a ponto de morrer, mental e emocionalmente. Fisicamente, espero que também.

Mas em vez do forte estrondo da porta, houve a maneira calma de abri-la. Mamãe aparece lentamente dentro do quarto. O rosto dela, eu não conseguia olhar para o rosto dela.

Isto foi pior.

— Jennie, eu estava chamando por você lá de baixo. — Carinhosamente. Desde quando ela fala comigo com amor?

Hesitei, olhando para a mulher através do espaço permitido pelas minhas pálpebras. — Sinto muito, mamãe, não consegui ouvir você. — Mordi o lábio, esperando e rezando para que Deus ouvisse meus gritos silenciosos e angustiados de uma noite sem dor com ela. Mas quando minha mãe desabotoou o cinto da calça, eu sabia que a noite seria preenchida com meus próprios gritos e lágrimas. Acho que eu precisaria de maquiagem mais cedo do que eu pensava.

— Ouvi do seu professor que você se saiu muito mal na prova. Acho que preciso te dar uma aula adequada. Não quero uma criança burra.

O cinto em suas mãos não foi o que me chamou a atenção, mas sim o recipiente que continha uma substância branca. Depois de pegar o cinto, ela o abriu e derramou o conteúdo no chão.

Era sal. Sal grosso.

— Ajoelhe-se.

Senti meu coração apertar dentro do meu peito de medo. Isso não pode estar acontecendo. Vou para o lado oposto da cama, mas ao ver a distância entre nós, era inútil. Esta era uma batalha perdida, só tive que prolongar os momentos que tive antes de me render completamente à dor e ao castigo.

Levei os joelhos ao peito. — Por favor, mamãe, sinto muito por ser uma garota burra. Não serei isso de novo.

Mamãe abriu um sorriso e avançou até chegar perto de mim. — Não se preocupe, minha filha, isso não vai doer. Muito. — Mamãe me puxou para fora da cama. Senti o cheiro de álcool e cigarro.

❥ 𝓐 𝓐𝖒𝖆𝖓𝖙𝖊 | 𝔍𝔢𝔫𝔩𝔦𝔰𝔞Onde histórias criam vida. Descubra agora