Making Love out of nothing at All

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MEREDITH BADEAUX POV

Desde o jantar na casa da família Montgomery haviam se passado duas semanas, e os dias passaram tão rápido que minha percepção de tempo parecia completamente distorcida.

Por mais incrível e impossível que possa parecer eu estava começando a gostar de estar em Manchester, aquela energia pesada deixou de habitar em mim e acredito que devo isso tudo à Addison, ela tem feito meus dias mais legais.

Mesmo que às vezes nós possamos parecer duas trogloditas, discutimos por maior parte do tempo porque ela está sempre pronta para discordar de mim, sinto que faz isso de propósito apenas para me deixar irritada.

Como na terça feira passada por exemplo, ela decidiu que queria discutir comigo sobre qual música do Air Suply era a melhor e claramente a que ela escolheu é péssima, nenhuma pode superar Making Love Out of Nothing at All, mas ela insiste em me perturbar que essa não é a melhor.

E assim ficamos em relação ao Bruno Mars, Nazareth, Katy Perry, Beyoncé, Rihanna... Inúmeros artistas e nenhum deles, repito, nenhum deles foi capaz de concordar comigo.

Eu quis matá-la sufocada com a almofada do meu sofá, e eu mataria, se não fosse pelo senhor Xavier que me interrompeu com uma bandeja de petiscos.

Retirando essa mania horrorosa que ela possui em me contrariar, estamos nos dando super bem, até demais para o meu gosto. Ela é uma companhia muito agradável, ela é engraçada, gentil, observadora, tem uma ótima comunicação e ótimo gosto.

Estamos tão próximas que eu já sei com quem ela dormiu ou deixou de dormir no hospital, esse filtro de me poupar das suas rapidinhas ainda é algo que iremos construir, porque é horrível olhar para a cara de cada funcionária daquele lugar e saber exatamente o que Addison Montgomery fez com na cama com elas.

E é super deselegante que ela me conte essas coisas, quem deveria escutar os detalhes mais sórdidos de sua vida sexual com certeza é a Calliope Torres, e não eu.

E, falando em Addison, eu iria ao seu ensaio da banda hoje e estava um pouco nervosa. Eu nunca estou com todos os integrantes ao mesmo tempo, sempre é um de cada vez e por poucos minutos.

Eles me causam uma certa tensão, consigo mascarar com meu humor ácido, mas por dentro eu fico um pouco desconcertada, digamos assim.

Pete é o que eu mais convivo quando estou com ela, apesar de Calliope ser sua melhor amiga, é ele quem está sempre "atoa" e auxiliando ela com sua ansiedade. Eu gosto bastante dele, essa vibe natureza que ele possui é agradável e me faz ficar em paz.

Entretanto, mesmo que eu estivesse me sentindo melhor em relação à não estar em Paris, parece que estou cada vez mais distante da minha família.

Papa anda passando tempo demais no escritório em que fornece análises de casos e instruções aos associados. Mark está na mesma situação no hospital, suas pacientes de Paris atravessaram quilômetros para uma consulta com ele e Lexie... uau, Lexie está ocupada demais programando as aulas, e se não estiver fazendo isso, está sempre com dores latentes de cabeça.

Nós esperávamos isso quando mudamos para Manchester, esperávamos a estabilidade mesmo que não fosse uma necessidade urgente, porque somos estáveis em questões financeiras, estáveis até demais.

Mas é algo pessoal, eles gostam do que fazem, gostam da realização profissional quando deitam a cabeça no travesseiro.

Eu também gostava dessa sensação quando ainda frequentava a universidade, gostava de sentir que um dia me realizaria profissionalmente. Mas isso está longe de acontecer.

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⏰ Last updated: May 12 ⏰

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