O Cão de Três Cabeças

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Eiii tudo bom, amores?

Mais o capitulinho aqui pra vcs ficarem felizes (ou não, vai saber), onde teremos... bom... o cão de três cabeças 😀👍

Boa leituraa

≼⋯ ϟ ⋯≽

Sentia que poderia perder todo o tempo dele naquela brincadeira de tentar achar o salão comunal da enigma. Já estava até suando pelo tanto de escadas que subiu e desceu, mas nem sinal. Onde diabos eles dormiam? Nenhum dos alunos para quem pediu informação sabia responder onde era… Seria possível que ninguém sabia?!

No meio da sua peregrinação, encontrou-se em um hall que parecia existir até antes mesmo da própria escola, de tão antigo. Pensou que poderia ser lá, mas era chique demais.

— Tá procurando o quê? — Harry virou-se assustado, vendo que o dono da voz era um homem que estava emoldurado em um quadro.

— É… — Confessava que não estava muito acostumado a falar com quadros — É que eu não estou achando o salão comunal da enigma. Sabe onde é?

— Claro que não, olha a minha idade! — Harry suspirou. Se nem o quadro sabia, já poderia desistir? — Mas o Dumbledore deve saber. A sala dele é bem ali.

Ele apontou para uma porta que ficava ao lado de uma escada em espiral. Talvez ele fosse sua última esperança…

— Obrigado, senhor — disse para o quadro e foi até a porta.

Ela estava entreaberta, mas bateu mesmo assim. Quando fez isso, a porta acabou de abrir sozinha e Harry olhou para dentro da sala. Lá dentro, tinha vários enfeites grandes, uma ave vermelha e, na mesa de frente para a porta, Dumbledore.

— Harry — ele disse com um sorriso e se levantou — Sente-se, por favor.

— Não precisa — disse com gentileza — Só preciso saber onde fica um lugar.

— É? E qual lugar? — A ave deu um “pio” sonolento.

— A… Bem… A sala comunal dos enigmas.

— Oh! — Ele deu um sorriso maior, coisa que Harry estranhou um pouco — Quer visitar eles?

— Eu quero falar com alguém específico…

— Isso é ótimo! — Ele deu a volta na mesa — Vamos, eu te levo lá. O caminho é um pouco complicado.

Com uma boa vontade que Harry não estava esperando, Dumbledore o acompanhou. Foi andando um passo atrás dele, tentando decorar o caminho.

— Me diz — Dumbledore pediu enquanto desciam para o primeiro andar —, você é amigo de alguém de lá?

— Não exatamente. — Mesmo sem fazer contato visual, podia perceber que ele queria que a resposta fosse um “sim” animado — Eu só conversei com ela algumas vezes.

— E não é assim que se faz uma amizade?

Seria estranho dizer que Harry sabia que ele estava sorrindo só pelo tom de voz dele?

— Acho que sim… — disse baixinho. Sinceramente, não se via sendo amigo da Granger, mais por pensar que isso nunca seria possível do que por não querer.

— Eles são pessoas tão extraordinárias quanto qualquer bruxo pode ser e, um dia, você vai ver isso claramente.

Não respondeu. Não queria responder um “sim”, porque ainda não sabia como isso poderia acontecer, mas também não queria responder um “não”, porque já tinha tido um sinal ou outro de que ele estava certo. No geral, ainda tinha algumas dúvidas sobre isso, tanto para um lado, quanto para o outro.

Rubro Sonserino: A Pedra FilosofalOnde histórias criam vida. Descubra agora