Meu Cowboy (CONCLUÍDA)🐎

Mensagem

O perigo é real, mas o medo é uma escolha.

— Encontrei ela. Ela está em Pendleton, Oregon. Por favor confirme que essa mensagem foi recebida.

Um pouco depois na rua.

Com minha cabeça nas nuvens e os olhos esmeralda de Bento me olhando, eu esqueci completamente da existência de qualquer outro ser nesse planeta.

— Sim? Você tem certeza que quer que a gente vá pra minha casa?

O canto da boca dele tremeu, mas ele segurou uma risada.

— Está tendo dúvidas, Sra. Carvalho?

— De jeito nenhum! Só checando!

Bento deu alguns passos casuais, diminuindo a distância entre nós, deslizou sua mão pelo meu antebraço e sussurrou:

— Não se preocupe, Sra. Carvalho. Não vou te machucar. Eu prometo.

Eu nervosamente brinquei com um fio de cabelo que caiu no meu rosto e tentei responder a ele num tom igualmente causal. Eu não queria que ele visse o quão inexperiente eu era.

— Bem, Bento...Por que nós não vamos logo?

Eu tentei fazer a minha voz parecer o mais natural possível. De repente, ele começou um risada estrondosa.

— Você nunca fez isso antes, não é?

— Faz um tempo.

Ele suprimiu outra risada e olhou para mim.

— Quando você diz um tempo, você quer dizer, desde sempre?

— Que monte de perguntas são essas sobre a minha vida? Nós vamos fazer isso ou não?

No entanto, o Universo tinha outros planos pra nós naquele dia.

— Sra. Carvalho! Sr. Maciel! Que surpresa agradável!

Eu fingi um sorriso educado e cutuquei Bento para fazer o mesmo.

— Diretora Hoffman!

Ela olhou para nós por cima dos óculos e limpou a garganta.

— Engraçado encontrar vocês dois aqui... juntos...

— Não é da sua conta. — Olho pro Bento de olhos arregalados. — Com licença.

(...)

— Você está tão ansiosa assim pra me levar pra cama?

— Não, não é isso Bento!

Uma tensão sexual clara estava preenchendo a sala. Eu engoli seco, sabendo o que aconteceria em seguida se continuássemos com esses joguinhos.

Ele sentou no meu sofá e deu um tapinha no assento ao lado dele.

Eu diminuí a distância entre mim e o sofá, que parecia tão pequeno comparado aquele homem grande sentado nele. Ele sorriu quando eu sentei ao seu lado e colocou a mão entre minhas coxas.

— Espero que você não se importe, Sra. Carvalho.

Eu senti ondas e ondas de eletricidade percorrerem todo o meu corpo.

Eu sabia tudo sobre a mecânica do sexo, mas não tive muitas oportunidades de experimentar. Eu não era, em nenhum sentido, virgem, mas muito tempo tinha se passado.

Ele devia ter notado como eu estava nervosa.

— Sra. Carvalho, não tenha medo. Por mais que eu queira colocar minha língua na sua boca e soltar o monstro de dentro das minhas calças, vou ser gentil. — Nessa hora a campainha toca. — Está esperando alguém, Sra. Carvalho?

— Não.

Eu vi Bento levantar uma sobrancelha em suspeita e ir até a porta. Eu queria bater em quem quer que estivesse interrompendo... o que acontecia entre nós.

Bento abriu a porta e resmungou algo.

— Surpresa... Ah, é voce. — Escuto a voz do Virgílio. Ele se apertou para passar pelo seu irmão e sorriu para mim. — Nós estamos interrompendo alguma coisa?

Ele olhou para Bento como se quisesse dizer algo, mas Bento não notou.

— Na verdade, estão. Vão embora, vocês dois.

Bento diz.

— De jeito nenhum, mano. Você não manda na gente.

Wilson sentou no meu sofá e sorriu timidamente para Bento.

— Tudo bem, como quiserem. Eu vou, então.

Ele se virou, furioso, e foi embora. Depois da partida repentina de Bento, eu não consegui me mover. Eu quis correr atrás dele, o parar, gritar com ele.

— Ele não merece você, Sra. Carvalho.

Virgílio fala.

— Sim, lamentamos que você teve que ver o lado sombrio dele.

Eles não imaginavam que ele foi tudo menos sombrio antes de aparecerem.

Meu telefone toca anunciando um nova mensagem. Eu rapidamente peguei meu celular e abri a mensagem.

Desconhecido
Eu sei aonde você está. E vou atrás de você meu raio de sol.