Amanhecer - JJK & PJM

4. Gesto

Adaptação da Saga Crepúsculo, obra original de Stephenie Meyer.

🌇☀️

O casamento prosseguiu, com suavidade, para a festa da recepção — prova do planejamento impecável de Hoseok. Era a hora do crepúsculo sobre o rio; a cerimônia tinha durado o tempo exato, permitindo que o sol se pusesse atrás das árvores. Enquanto Jimin me conduzia pelas portas de vidro dos fundos, as luzes nas árvores cintilavam, conferindo brilho às flores brancas. Havia mais dez mil flores ali, servindo como tenda fragrante e etérea à pista de dança montada no gramado sob dois velhos cedros.

Os acontecimentos desaceleraram, relaxaram, à medida que a noite branda de agosto nos cercava. As pessoas se espalharam sob o brilho suave das luzes, e fomos recebidos novamente pelos amigos que tínhamos acabado de abraçar. Agora havia tempo para conversar, para rir.

— Meus parabéns — disse-nos Kai Huening, abaixando a cabeça sob a borda de uma guirlanda de flores.

A mãe de Kai, Sue, estava bem junto dele, olhando os convidados com uma intensidade cautelosa. Seu rosto era fino e feroz, expressão acentuada pelo corte de cabelo curto e austero; tão curto quanto o da filha Bahiyyih — e eu me perguntei se ela o havia cortado da mesma maneira para demonstrar solidariedade. Billy Wang, do outro lado de Kai, não estava tão tenso quanto Sue.

Quando eu olhava o pai de Jackson, sempre tinha a impressão de estar vendo duas pessoas, em vez de apenas uma. Havia o velho na cadeira de rodas, com o rosto enrugado e o sorriso branco que todos os outros viam, e havia o descendente direto de uma longa linhagem de chefes poderosos e mágicos, envolto na autoridade com que nascera. Embora a magia — na ausência de um catalisador — tivesse saltado sua geração, Billy ainda fazia parte do poder e da lenda. Fluía por ele. Fluiu para seu filho, o herdeiro da magia, que deu as costas para ela. Isso permitiu que Yugyeom Kim agora agisse como chefe das lendas e da magia…

Billy parecia estranhamente à vontade, considerando a companhia e o evento — seus olhos negros cintilavam como se ele tivesse acabado de receber boas notícias. Fiquei impressionado com seu comportamento. Aos olhos de Billy, meu casamento deveria parecer algo muito ruim, o pior que poderia acontecer com o filho de seu melhor amigo.

Sabia que não era fácil para ele conter seus sentimentos, considerando o desafio que o evento representava para o antigo tratado entre os Park e os quileutes — o tratado que proibia os Park de criar outro vampiro. Os lobos sabiam que estava prestes a ocorrer uma transgressão, mas os Park não faziam ideia de como eles reagiriam. Antes da aliança, isso teria significado um ataque imediato. Uma guerra. Mas, agora que eles se conheciam melhor, será que haveria perdão?

Como em resposta a esse pensamento, Kai inclinou-se para Jimin, de braços estendidos. Jimin retribuiu com o braço livre.

Vi Sue tremer delicadamente.

— É bom ver as coisas dando certo para você, cara — disse Kai. — Fico feliz por você.

— Obrigado, Kai. Isso significa muito para mim. — Jimin se afastou de Kai e olhou para Sue e Billy. — Agradeço a vocês também. Por deixarem Kai vir. Por oferecerem seu apoio a Jungkook hoje.

— Não há de quê — disse Billy com a voz grave e profunda, e fiquei surpreso com o otimismo de seu tom. Talvez uma trégua mais duradoura estivesse no horizonte.

Uma pequena fila estava se formando, então Kai acenou um adeus e conduziu a cadeira de Billy na direção da comida. Sue mantinha uma das mãos em cada um deles.

Jennie e Abel foram os próximos a nos cumprimentar, seguidos pelos pais de Jennie e, depois, Mark e Jisoo — que, para minha surpresa, estavam de mãos dadas. Eu não sabia que estavam juntos de novo. Isso era bom.