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Oi gentii, meu nome é Ana Flávia, mas podem me chamar de Nana ou Ana, eu sou diferente da maioria das pessoas, sou infantilista, mas só minha mamãe e meu papai sabem, eu não falei pra ninguém na escola, vai que eles não gostam de mim ou me chamam ...

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Oi gentii, meu nome é Ana Flávia, mas podem me chamar de Nana ou Ana, eu sou diferente da maioria das pessoas, sou infantilista, mas só minha mamãe e meu papai sabem, eu não falei pra ninguém na escola, vai que eles não gostam de mim ou me chamam de esquisita, como o papai e a mamãe fazem, eles não gostam muito quando eu falo do meu jeitinho ou quando coloco minha chupeta.

Eu não falo muito errado, uma vez a mamãe me bateu muito por eu ter falado uma palavra errada na frente do padre, fez um dodói que sangrou muito no meu bracinho, eu prefiro evitar isso e ficar falando certinho mas as vezes eu esqueço e sai sem querer as palavras no diminutivo, a mamãe fica brava também.

Eu estou no último ano da escola, mas como eu tô de férias, eu fico em casa desenhando o dia todinho, Nana gosta de desenhar.

Mas quando meu papel acaba, eu tenho que achar outra coisa pra eu fazer, mas a mamãe não deixa eu fazer quase nada, então eu fico na sala assistindo desenhos.

— Garota, você não veio aqui na sala só para assistir esses desenhos né? – a mamãe chega pegando o controle da minha mão, tirando do meu desenho e colocando em um filme.

Ela colocou um filme de tiro, eu não gosto muito, fico com medo, acho que vou desenhar lá em cima no meu quartinho. Subo a escada que leva até lá, as vezes eu gosto de pensar que é uma torre grande e que eu sou a princesa que mora nela esperando seu príncipe.

Fico lá desenhando o dia inteirinho, gosto de desenhar vários vestidos de noiva, será que algum dia eu irei me casar com o meu príncipe que chegará em um cavalo branco? Sorrio com meus pensamentos e volto a fazer os detalhes do véu do vestido até que meu paizinho chega no quarto.

—Oi paizinho! Precisa de alguma coisa? – Pergunto sorrindo.

— Claro que não, e já disse pra não falar as coisas no diminutivo, VOCÊ NÃO É UMA CRIANÇA! - Ele grita a última parte fazendo meus olhinhos se encherem de lágrimas e eu abaixo a cabeça pra ele não ver — Ótimo, agora está chorando, eu só vim aqui falar que pra você descer e almoçar mas você já me tirou do sério, eu vou almoçar só com a sua mãe e depois você desce, não quero comer com você – ele sai e bate a porta.

Por que ninguém gosta da Nana? Eu só queria ser feliz e do meu jeitinho...

Seco algumas lágrimas que ainda estavam caindo, coloco minha peta na boca e agarro meu ursinho, deito na minha cama e fico encolhida na tentativa de me acalmar, mas na verdade eu queria um leitinho quentinho. Adormeço por alguns minutos e acordo assustada com alguém batendo a porta do meu quarto contra a parede e vindo até mim. Era a minha mãezinha.

— Acorda esquisita, sobrou um pouco de comida lá na mesa pra você comer, se não quiser também pode ficar aí, eu não ligo.

— Vou comer, estou com fominha – Digo a última parte baixinho pra ela não escutar mas parece que não foi tão baixo assim porquê ela me olha com uma cara de brava.

— Deixa esse bicho e essa chupeta aqui em cima, vai lavar as mãos e eu vou deixar seu prato lá embaixo. - Ela sai do meu quartinho sem nem olhar para minha cara.

Faço o que ela mandou e desço as escadas como eu sempre faço, pulando de dois em dois degraus, assim é mais divertido.

— JÁ NÃO FALEI PRA NÃO IR DE DOIS EM DOIS DEGRAUS NESSA ESCADA ANA FLÁVIA? - Ela grita comigo e coloca as mãos na cintura me olhando friamente.

— Diculpa mãezinha, Nana não faz mais isso, plometo – Meus olhinhos já estavam com lágrimas, quando alguém grita comigo, ou eu estou com medo, eu falo ainda mais palavras erradas.

— Você ainda não aprendeu a falar direito? Aquele castigo que eu te dei não foi o bastante? – Vai se aproximando de mim — Já chega, você não vai comer, pode ir pro seu quarto, vai ficar lá até a janta.

Vou subindo a escada, agora do jeito normal mas um pouco rápido, quero chegar logo ao meu quarto, mas quando estou no último degrau eu tropeço por estar andando um pouquinho rápido e de repente eu estou caindo escada a baixo. Grito de dor quando sinto minha cabeça bater no chão e meu bracinho doer muito, acho que bati ele em um vaso de vidro.

— Aii, meu bracinho está sangrando, MAMÃE! - Chamo ela que logo aparece muito brava.

— Eu não disse que não era pra você subir a escada correndo garota? Agora olha aí —  Ricardo, vem aqui – a mamãe chama meu pai enquanto tenta me levantar do chão.

—Você da trabalho em, o que sua mãe te disse? Agora temos que sair de casa pra ir te levar a um hospital porque você não obedeceu e agora está sangrando – Diz pegando meu braço e pegando as chaves do carro — Vamos logo.

— Mas a Ana nem tava correndo, só andei um pouquinho rápido – Tento secar as lágrimas que ainda caem.
— Meu bracinho está doendo muito – falo.

— Sim sei, tomara que você tenha quebrado esse braço, agora vê se aprende a ficar quieta – papai fala e fui o resto do caminho quieta chorando baixinho.

Chegando no hospital, quem nos atende é uma residente do hospital, ruiva de olhos azuis.

— Com licença, tem alguém que pode olhar o braço dela, ela caiu da escada e acho que pode ter quebrado – Me olha com um olhar de repreensão.

XXX: Claro, vou ver se tem algum
ortopedista que não está ocupado. Antes de sair ela me olha de cima a baixo com um olhar esnobe, mas depois sai. Eu não gostei dela e ela parece não ter gostado de mim.

Passou alguns minutinhos que pra mim pareceram séculos, já que que a dor no meu bracinho ainda estava lá. Até que a moça ruiva voltou e nos informou que tinha um médico disponível.

XXX: Eu sou Sofia, residente do hospital, vou ajudar o doutor a cuidar de você, o Quarto 207 está desocupado, me acompanhem que o Doutor Mioto vai dar uma olhada na sua filha – ela diz com um certo desgosto.

XXX: Eu sou Sofia, residente do hospital, vou ajudar o doutor a cuidar de você, o Quarto 207 está desocupado, me acompanhem que o Doutor Mioto vai dar uma olhada na sua filha – ela diz com um certo desgosto

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𝐐𝐔𝐀𝐑𝐓𝐎 𝟐𝟎𝟕, miotela.Where stories live. Discover now