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A passos cuidadosos adentrei o escritório do diretor, ele estava novamente divagando em seus pensamentos enquanto encarava aquela maldito anel que assim como o diário já serviram muito bem a Voldemort

-Boa noite, Diretor-
Tentei soar o mais calma possível para não o assustar

-Há, sim, Sam, desculpe não lhe vi ai-
Sorri gentilmente guardando os objetos dentro de sua gaveta

-Eu bati, mas acredito que não escutou-
Falei colocando as mãos atrás de meu corpo

-Está tudo bem, por favor-
Aposta para a cadeira a frente de sua mesa
-Minha mente já não é mais a mesma-
Abana o ar com a mão
-Como está?-
Pergunta ele casualmente

-Estou ótima, senhor-
Me sentei cruzando as minhas pernas

-Aproveitando as suas aulas?-
Pergunta em uma voz placida na qual eu apenas acenei positivamente
-Eu já sei que o professor Horácio está muito impressionado com você-
Aquele sorriso por meio das longas barbas me enchiam de motivação, sei bem que ele estava orgulhoso

-Acho que ele superestime minhas habilidades-
Falei retribuindo o sorriso

-Acha?-
O homem ergue a sobrancelhas

-Com certeza-
Fiz uma pequena careta que provoca uma gargalhada vinda do mesmo

-E as suas atividades fora da sala de aula?-
Ergue uma sobrancelha

-Perdão?-

-Acabei por finalmente percebe que tem passado muito tempo com Srta Granger-
Ele estreita os olhos com um sorrisinho em meio àquela longa barba

-Há, sim, quer dizer, ela é brilhante e eu... é inevitável, sabe, eu a amo-
Falei esfregando meu rosto me sentindo uma grande bobona

-Imaginei, desde suas férias, na verdade-
Ele sorri simpático
-Queira me desculpar, só estava curioso-
Ele parou por um momento encarando a Fawkes
-Em todos os meus anos aqui em Hogwarts, foram poucas às vezes que presenciei o amor-
Sorri para mim
-E seus pais e padrinhos estão entre esse raros casos-

Notei aquele detalhe desde que fiquei minhas férias sobre os seus cuidados, Dumbledore sempre citava sobre meus pais e padrinhos, ele tinha medo, eu podia sentir isso em suas palavras e olhares enfeitados por sorrisos tristes, eu não sei quais eram as intenções daquele velho bruxo, mas sempre que ele falava de Lilian e Thiago ou dos meus pais eu me sentia menos sozinha, como se de alguma forma eles ainda estivessem todos ali comigo e Harry, saber que estava seguindo seus passos ou fazendo exatamente oque eles fariam me deixava contente, não diminuia a dor ou o ódio de saber que os perdi, mas pelo menos tornava mais suportável e eu era profundamente grata ao meu diretor por conta disto

-Perdoe-me, só estava curioso, desejo tudo de melhor-
Sorri cruzando seus dedos e se apoiando os cotovelos na mesa

-Sempre pode perguntar oque quiser, dou essa liberdade a meus amigos-
Ele gargalhou soltando um pigarro

-Terei isso em mente-
Se encosta contra sua cadeira me olhando novamente da mesma forma que Molly para Gina quando a menina sozinha preparou um delicioso caldo para o um de nossos jantares
-Agora, deve estar se perguntando o porquê ter tê-la chamado esta noite, a resposta está aqui-
Ergue sua mão totalmente cadavérica que me provocava náuseas
-Sei que esta não é a visão mais agradável, mas fazendo parte de meu minúsculo círculo de confiança, sabia que uma hora teríamos que lidar com este pequeno contra tempo-

-De fato-
Suspirei trocando a perna cruzada

-Muito bem, Samantha estou morrendo, eu fui um tolo segado pelos fantasmas de meu passado, precisa aceitar isso-
Fala quase em suplica

SAMANTHA MALFOYOnde histórias criam vida. Descubra agora