capítulo quatro

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          Ela não sabia como havia chegado em tal conclusão, não sabia como tudo havia acontecido tão rápido. Afinal, suas crises de raiva eram constantes, mas quando tocado no assunto da sua mãe ela se sentia extremamente chateada.

E não entendia como havia conseguido fazer aquelas coisas, como arremessar um homem de sotaque estranho e quebrar a janela do quarto de seu amigo com a mente. Foi tudo tão rápido que só quando ela aterrissou no aeroporto da Alemanha que percebeu a burrada em que havia se metido. Mas agora não tinha mais volta.

E com sua única mochila e o os papéis indicando que aquilo não se passava de um intercâmbio, ela se retirou do avião junto com todas as outras pessoas que estavam no voo com ela.

A temperatura do ambiente não era baixa, mas também não tão alta, o sol era escaldante e o vento gelado, era combinação perfeita para um clima aconchegante pra quem odiava o calor e o frio. Mas agora que havia chegado num local desconhecido, e com uma língua desconhecida, se viu sem saída.

Por onde começaria as buscas por Peter? Ou Tony? Ou até mesmo a sua mãe? Bem, ela não estava nenhum pouco afim de enfrentar a matriarca pela primeira vez desde que se entendia por gente, mas ela não estava alí atoa, e depois doque o homem estranho falou para ela, Molly estava realmente se afundando em um posso de confusão sobre a sua própria existência.

― Molly Maximoff? ― a voz atrás de si a fez tremer, aquela bendita voz. E lentamente ela se virou, vendo alí o homem que havia invadido a sua casa. ― parece perdida, realmente não imaginei que fosse seguir o meu conselho.

― Eu não segui o conselho de ninguém, vim por vontade própria. ― mentiu entre dentes enquanto mantia um distância de três passos do homem, que ao notar o tom de mentira em sua voz se permitiu a soltar um riso baixo.

― Veio fazer seu intercâmbio na Alemanha?

― Quem sabe, isso não te interessa. ― suspirou enquanto girava os calcanhares e começava a se afastar do homem, olhando tudo em volta e ainda se perguntando para onde ela iria agora, mas outra vez ouviu o homem falar.

― Se eu fosse você, não sairia do aeroporto.

Ela nem mesmo se virou ou parou de andar, aquilo era algum aviso, e então, lutando contra sua própria vontade, ela andou até a fileira de cadeira estofadas e se sentou de maneira desajeitada cruzando os braços em seguida.

Não sabia quando tempo teria que esperar, mas esperaria.

Ela colocou os seus fones de ouvido e procurou qualquer uma de suas músicas off-line para ouvir enquanto esperava o tempo passar. O único problema de suas noites mal dormidas era o sono que a atingia em horários inconvenientes, resultando, em uma garota ruiva desconhecida dormindo na cadeira do aeroporto de maneira desenconsada, ela não teve noção alguma de quão pesado havia sido aquele sono.

. . .

          Quando Brad atravessou a porta já tarde da noite, viu a casa em um completo silêncio, trancou a porta e se perguntou pela terceira vez do porquê a porta estava frouxa no batente da porta, não se lembrava em nenhum momento de algum incidente envolvendo a porta de madeira.

Largou suas coisas em cima do sofá e partiu para o segundo andar da casa, iria ver como a sobrinha estava já que não havia desde cedo quando ela saiu novamente apressada falando que voltaria logo, cogitou a mesma até estar dormindo ou montando lego enquanto a música da Metallica ecoava pelas paredes do quarto. Mas ao abrir a porta e acender a iluminaria ao lado da cama da menina, não viu mais doque os lençóis bagunçados, mas nada da sobrinha.

A preocupação o atingiu no mesmo momento, mas não se desesperou, porque sabia que as vezes a sobrinha saia a noite para ir na casa de algum de seus amigos, e já que Peter provavelmente estaria ocupado, ele teve certeza que ela estava na cada do amigo Ned.

Saiu do quarto e desceu as escadas, caminhando lentamente até seu escritório. Não havia entrado lá no dia seguinte e ao ver a bagunça no local se sentiu ainda mais preocupado, imaginou que Molly havia xeretado o cômodo e que havia lido algum dos documentos sobre.

Se Molly realmente tivesse descoberto algo, provavelmente perderia toda a confiança da menina.

Bom, quando Brad foi alertado sobre a menina ainda quando pequena, se interessou nela mesmo tendo apenas dezenove anos, e deste então, estaria disposto a cuidar dela, mas mantendo os segredos de seus pais longe dela. A única coisa sobre seus pais que ela sabia era seus nomes e suas incríveis habilidades, nada mais que isso como o fato de ela ter sido uma criação de Wanda e ter habilidades como a mãe.

Derrepente, Brad foi assustado ao ouvir telefone de seu escritório, andou rapidamente até ele e o atendeu, era outra ligação de sua chefe, pedindo para que ele retornasse ao seu serviço já que precisava de ajuda com os documentos. No momento, ele praguejou por ter decidido tomar o cargo de auxiliar de uma advogada que mal dava conta de seus casos.

Irritado após a ligação, ele pegou suas coisas que havia largado no sofá e saiu da casa entrando em seu carro, pegou seu celular e tratou de mandar um recado para a sobrinha.

― Oi, bruxinha. Imagino que esteja na casa do Ned, eu vou sair agora para resolver uns assuntos do trabalho, sabe como a Priscila é! ― ele falou rindo um pouco exausto, era nítido em sua voz. ― Posso passar aí te buscar depois, mas caso preferir vir a pé, sem problemas, apenas se cuide. ― fez uma pausa enquanto suspirava. ― espero que não esteja chateada... Quando ouvir isso, retorne por favor. ― E finalmente desligou, partindo para o seu serviço outra vez naquele dia cansativo.

𝐎𝐋𝐃 𝐂𝐇𝐈𝐋𝐃𝐇𝐎𝐎𝐃, Peter Parker Where stories live. Discover now