Fica comigo

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Maria ri da cena e enquanto isso ainda estou tossindo e quando vou pegar meu copo de chá acabo derrubando em cima da mesa o que faz com que ela ria ainda mais de mim, o barulho do copo caindo em meu prato atrai alguns olhares e logo uma outra garçonete vem e limpa tudo tirando inclusive os pratos que terminamos, acho que Anne ainda não superou o fato de eu não ter ligado.

— Tudo bem aí? — pergunta Maria bebendo mais um taça de vinho e sorrindo.

— Você quer me matar? — pergunto tirando um pigarro da garganta e ela ri. — Você vai querer sobremesa, amor? — mudo de assunto.

— Você vai querer também?

— Não, eu não como doce e já está muito tarde pra comer este tipo de carboidratos.

— Como você pode ser tão saudável e fumar ao mesmo tempo? Eu não entendo isso.

— Eu não sei te explicar, gatinha, gosto de me alimentar bem, de deixar as coisas organizadas, acho que fumar é um escape.

— Talvez você possa trocar essa vício por outro. — sorri ela me provocando.

— Já pedi para parar de me provocar. — peço abaixando o tom de voz.

— Não acho que quer mesmo que eu pare.

— Não quero mesmo! — sorrio — Então, falei bastante de mim aqui hoje, mas e quanto a você?

— O que tem eu?

— Você vai ficar em Duskwood?

— Eu não sei... — sua voz sai em um sussurro enquanto ela respira fundo e depois solta o ar.

— Fica, por favor. — peço, e vou implorar se for preciso — Fica comigo.

— Phil... se eu ficasse, não sei o que faria aqui.

— Não vai mais trabalhar para a polícia?

— Com certeza não. Eu quero distância desse mundo investigativo.

— Você poderia ficar no bar, ser minha garçonete. — brinco.

— Acho que eu e a sua amiga Amber não iríamos nos dar muito bem. Só tem espaço pra uma de nós lá.

— Tem ciúmes da Amber? — cruzo os braços.

— Se eu sentisse ciúmes de todas as garotas que você já ficou, eu teria saído desse restaurante e teríamos que nos mudar de cidade.

— Verdade, mas estaria disposto a ser um homem de uma única mulher se ela quisesse. — apoio os braços na mesa praticamente a pedindo em casamento — Você quer?

— Posso responder quando estiver sóbria?

— Pode, vamos embora. — sorrio para ela e me levanto para puxar a cadeira dela também. A ajudo a por sua jaqueta de volta e coloco a minha, depois damos as mãos pago a conta e vamos para minha casa.

Quando chegamos em minha casa, nós entramos e vamos para o meu quarto, óbvio que ela vai dormir aqui essa noite, então vou até meu guarda-roupa pego uma das minha camisetas e jogo em cima da cama para que ela possa usar para dormir.

— Você está tão linda. — digo me virando para ela de novo, enquanto uma mão passa por sua cintura até sua lombar a outra passa delicadamente pelo seu rosto e coloco uma mecha de seu cabelo atrás da orelha.

— Obrigada — sussurra ela quase encostando os lábios nos meus.

— Você colocou esse vestido curto com essa jaqueta pra me impressionar?

— Você ficou impressionado?

— Fiquei. — respondo sorrindo.

— Então, sim. — ela diz sorrindo olhando nos meus olhos e a puxo para mais perto.

— Se você não estivesse bêbada, as coisas que eu faria com você... — começo me imaginar tirando esse vestido que me torturou a noite toda enquanto ainda passo as mãos por todo o seu corpo a agarrando, tenho que usar todo o meu autocontrole neste momento.

— Não estou tão bêbada assim — diz ela bêbada com a voz arrastada, mas ela começa a me acariciar de volta passando as mãos no meu corpo e depois no meu pescoço e ela me enforca de leve e não resisto em morder o lábio inferior dela até sentir gosto de sangue.

— Está sim. — respondo ofegante, então a beijo desesperadamente sentindo o calor do corpo dela incendiar o meu, sua língua com gosto delicioso de vinho passando pela minha me fazendo quase estourar o botão da calça jeans de dão duro que estou neste momento.

Continuo a beijar a sentindo em tudo em mim, sua boca, suas mãos, minhas mãos descendo e agarrando sua bunda, começo a beijar seu pescoço bem na área que ela tinha apontado no restaurante e ouço seu gemido nenhum pouco discreto que me faz revirar os olhos de tesão.

— Não — digo lembrando a mim mesma que ela está alterada por causa do álcool, então me afasto — Não vou fazer isso com você bêbada, já falei. — mesmo que todo por meu corpo e minha mente queira o contrário, eu digo não e me afasto.

— Está falando sério? — diz ela e vejo o quanto ficou brava.

— Estou. E acho melhor você dormir aqui no quarto e eu durmo na sala.

— O quê? Tudo bem — ela começa a sorrir ironicamente — Fique lá na sala, mas isso não vai te impedir de ouvir meus gemidos, já que me deixou aqui sozinha depois de me provocar desse jeito.

— Probleminha... Não ouse encostar um dedo em si mesma, se não...

— Se não, o quê? — ela me provoca.

— Senão, eu irei te provocar de verdade, vou bem mais fundo do que isso. Isso que fizemos agora foi coisa de adolescente, o que vou fazer com você nem os adultos mais depravados e pervertidos fazem, vou fazer você implorar pra te fazer gozar e quando estiver chegando lá eu vou parar e te deixar frustada, tão arrasada que tudo o que vai fazer é chorar por mim depois. Você entendeu?

— Entendi. — concorda, mas vejo o brilho em seus olhos e ela morde o lábio inferior.

— Ótimo. Então quando eu digo que isso só vai acontecer quando estiver sóbria, é porque preciso do seu total consentimento, e quero que se lembre de tudo depois. — digo baixinho enquanto meus lábios encostam nos seus, minha mão esquerda toca sua cintura de novo a puxando para mim, e Maria fecha os olhos, desço minha mão direita e toco a região molhada entre suas pernas, faço um pouco de movimento e ouço seu gemido em meu ouvido. — Te dizer que ia te deixar com tanto tesão e depois te lagar arrasada e frustada se humilhando por mim te deixou molhada? — olho para baixo para o calor onde minha mão e está e depois para ela que me olha nos olhos — Aah probleminha...

— Phil, por favor... — implora ela e eu estou ficando maluco.

— Eu já disse, não. — me afasto e tenho vontade de me dar um soco na cara — Se troque, durma, boa noite.

Saio do quarto sem olhar para ela e fecho a porta atrás de mim pensando no quão idiota eu sou por fazer nos dois sofremos agora, eu a quero tanto, mas não posso fazer isso com ela bêbada, tenho certeza que vamos ter outra oportunidade em breve.

Estou sentado no sofá com os cotovelos nos joelhos e a cabeça apoia nas mãos repassando este momento quando a porta se abre e eu a vejo lá parada sorrindo com os cabelos presos em um coque meio solto e minha camiseta.

— Já que estou aqui, não quero que durma no sofá e eu na cama, podemos dormir juntos, por favor? — Maria me pede.

— Claro que sim, amor.

Então eu entro no quarto, também me troco e deitamos juntos, agora mais calmos, ela colocando a cabeça no meu peito, enquanto faço carinho nas suas costas, ela deixa o braço pousado sob a minha barriga e não demoramos muito para pegar no sono.

Quebrados - (versão do Phil) Where stories live. Discover now