Diante da oportunidade de trabalhar com um chefe de personalidade difícil, você optaria por aceitar o desafio ou permanecer em sua zona de conforto?
Em "Amor e Desejos", Cristina, após um doloroso divórcio, busca cura e recomeço, mas as cicatrizes...
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Algumas horas depois, chegamos à casa onde o jantar aconteceria.
A residência é imponente, com um gramado bem cuidado e um jardim deslumbrante. Fomos gentilmente recebidos por uma mulher de aproximadamente 36 anos, a governanta da casa, que nos conduziu até a sala de estar com muita cortesia.
A casa era verdadeiramente magnífica. Enquanto nos acomodávamos no sofá, uma mulher jovem e encantadora surgiu, segurando dois bebês no colo, depois os colocou no carrinho de bebê. Ela se aproximou para conversar com a gente.
- Oi, tudo bem? - cumprimentou, estendendo a mão para cumprimentar Robson. - Me chamo Gabriela, meu marido já está quase descendo.
- Tudo bem, essa é Cristina, - respondeu ele, mantendo um tom sério.
- Prazer, Cristina. Vou te cumprimentar com três beijos no rosto para você casar. - Brincou ela.
Nossa, que lindos - enquanto eu brincava com eles, perguntei. - Quantos meses eles têm? São muito fofos. Parabéns, o pai deve estar bem orgulhoso.
"Brincando com eles, me fez lembrar dos meus que nem cheguei a conhecê-los."
Gabriela respondeu alegre: - Eles têm três meses, são os xodós do meu marido.
Conversamos por um tempo enquanto aguardávamos a chegada do anfitrião. Gabriela serviu whisky para nós, e, como é falta de educação negar, aceitei, embora meu estômago se revolte com isso. Robson percebeu minha relutância e sussurrou no meu ouvido: - Disfarce e troque os copos. - Assim eu fiz. - Ele bebeu em seguida, fiquei impressionada, nunca vi gostar tanto dessa bebida.
A governanta logo nos informou que o jantar estava pronto. Dirigimo-nos à sala de jantar, onde a mesa estava perfeitamente decorada em tons de vermelho e branco, criando uma atmosfera simplesmente deslumbrante. Em seguida, vinho foi gentilmente servido para nós. O anfitrião então se encaminhou para a sala. Minha surpresa foi imensa quando vi quem era o anfitrião daquela noite: Paulo, meu ex-marido.
Enfrentar meus próprios demônios sempre pareceu uma tarefa desafiadora, mas nunca imaginei que seria confrontada tão diretamente, eu não esperava por isso.
Ao avistar Paulo, uma onda avassaladora de pânico toma conta de mim, como um furacão que ameaça arrastar tudo que encontra pelo caminho. Sinto-me sufocada, lutando para encontrar ar em meio a um vendaval de medo. Tudo ao meu redor parece distorcido, como se estivesse presa em um pesadelo surreal, com apenas ele, Paulo, em foco nítido. Sua presença é como uma sombra ameaçadora, envolvendo-me em um véu de terror que me faz desejar fugir a todo custo. Minhas mãos tremem tanto que acabo deixando a taça cair no chão, o som do vidro se estilhaçando ecoando como uma confirmação do meu medo avassalador.
Rapidamente me ajoelhei para recolher os cacos do chão, assim tentando disfarçar a minha surpresa. Paulo ordenou que a empregada limpasse o chão.
Robson me puxou suavemente. - Se machucou Cristina? - perguntou ele, verificando minha mão.
