• Capítulo 02

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PETER STEELE

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PETER STEELE

Já em casa, eu tomei um banho e me arrumei o mais rápido que pude. Me olhava no espelho enquanto fechava os botões da minha camisa preta, arrumando as mangas logo em seguida. Passei os dedos por meu cabelo repartido ao meio, deixando parte dele caido sobre meus ombros e a outra para trás.

Estou atrasado, mas não posso deixar de ir.

Me olhei uma última vez no espelho, peguei as chaves do carro e saí de casa. Enquanto descia os poucos degraus em direção ao meu carro, ouvi meu nome. Olhei para o lado e vi que era minha vizinha, Rebekah, que aparentemente havia acabado de chegar na casa dela. Acenei com a cabeça e entrei logo no carro antes que ela começasse com seus flertes.

Assim que cheguei na igreja entrei e vi que a missa já havia começado. Alguns olhares curiosos me seguiram mas não prestei atenção, e silenciosamente fui até um dos bancos, me ajoelhei e fiz o sinal da cruz.

Olhei em volta, procurando Mary entre os fiéis. Ao olhar um pouco mais fundo, finalmente a encontrei, ajoelhada e concentrada em suas orações. Sorri, levantei e fui até lá.

Aproximei-me lentamente, me ajoelhando ao lado dela. A mesma virou o rosto e sorriu ao me ver.

Você veio...

— É, só cheguei atrasado, foi mal — Sussurrei, e ela riu.

— Você sempre chega atrasado, Peter! Mas eu estava esperando por você, que bom que está aqui. — Sorriu.

Sorri e olhei para frente, prestando atenção. Essa é a segunda vez que venho para ficar e assitir a missa, todas as outras eu sempre chegava no final e a esperava lá fora.

Isso me lembrava de quando eu era mais jovem e ia à missa com meus pais e minhas cinco irmãs, cresci em um lar católico, mas a vida tinha outros planos para mim, então acabei me desviando. totalmente.

Não é algo que me traga remorso, afinal acho que ninguém deveria viver seguindo regras com as quais não concorda por puro medo de para onde irá depois de morrer.

Em fim.

Quando a missa terminou, todos foram embora e algumas pessoas ficaram conversando em frente à igreja. Fiquei num canto esperando por Mary, observando-a conversar rapidamente com alguns de seus colegas.

Ela se despediu e se virou olhando diretamente para mim. Coloquei as mãos nos bolsos e a esperei se aproximar.

— Desculpe, as pessoas falam demais e depois você acaba não tendo para onde correr — Ela riu, erguendo os ombros.

— Sem problema, Mary. Que tal sairmos amanhã? Nada exagerado, talvez um jantar.

— Não costumo ir a muitos lugares, mas um jantar me parece uma boa ideia, aceito! Não perco uma boca livre — Sussurrou próximo a mim, rindo de si mesma.

— Engraçadinha! — Ri também — E hoje para encerrar a noite, que tal — Sou interrompido quando as palavras dela cruzaram as minhas.

— Vinho e jogar conversa fora? Mais é claro que eu aceito também! E se for na sua casa, melhor ainda — Um sorriso um tanto malicioso se formou naquele rostinho angelical.

Garota esperta, entra aí — Sorri e abri a porta do carro para ela, que entrou e se acomodou no banco. Fechei a porta, dei a volta para o outro lado do carro e abri a porta do motorista, entrando também.

{ ... }

O relógio nos mostrava que em poucos minutos seria meia-noite, o que foi surpreendente. Chegamos em minha casa por volta das nove e meia, abrimos dois vinhos e seguimos conversando na sala, sentados no tapete macio e em frente à lareira que aquecia todo o ambiente.

Mary gosta de vinho tanto quanto eu, uma verdadeira apreciadora. Nós já estávamos um pouco alterados e a conversa começou a ficar ainda mais interessante.

— Você não voltou para a igreja porque quer se aproximar de Deus né, fala a verdade que eu sei — Ela me olhou de uma forma cínica e um tanto intimidadora que soou mais sexy.

— É, esse não era exatamente o objetivo. Mas não sou o único que tem segredos aqui.

— É mesmo?

Você não é tão santa assim, Mary. — Dou um gole no vinho.

— Que blasfêmia, como você ousa??

Dou um sorriso de lado.

Ela deixou a taça de vinho no canto e se aproximou, subindo em cima de mim e sentando no meu colo com uma perna de cada lado.

— Sou apenas uma pobre mulher cristã, que não sabe nada dos pecados do mundo.

— Hum. — Deixei a taça de lado e coloquei minhas mãos na cintura dela.

— Você será minha perdição... — Ela disse, olhando profundamente em meus olhos.

A mesma tocou a lateral do meu rosto com aquela mão macia e delicada, passando o polegar sobre meus lábios.

— Talvez seja o contrário. — Apertei sua cintura, o que a fez suspirar. Sem pensar duas vezes, puxei-a para mais perto e selei nossos lábios, iniciando um beijo calmo.

Mary retribuiu com vontade, adentrando meu cabelo com os dedos e acariciando-o. Seus lábios eram doces, exatamente como eu havia imaginado. A suavidade acabou à medida que o clima ficou cada vez mais quente.

Desci os beijos para seu pescoço e subi um pouco as mãos, quase na altura dos seios. Ela fechou os olhos e gemeu baixinho, chamando meu nome:

— Peter...

Baixei a alça do seu vestidinho, beijando o volume dos seus seios, que cresciam a cada suspiro ofegante dela.

Porra, puta que pariu, Mary!

— Vamos subir? — Ela se afastou e saiu de cima de mim, levantando e arrumando o xale sobre seus ombros.

Continua...

N/A: Espero que gostem assim, um pouco mais sobre o Peter e a Mary. Os próximos capítulos vão ser diferentes, poucas coisas iguais os anteriores, certo?

Boa leitura.
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𝗖𝗛𝗥𝗜𝗦𝗧𝗜𝗔𝗡 𝗪𝗢𝗠𝗔𝗡 ( 𝐏𝐄𝐓𝐄𝐑 𝐒𝐓𝐄𝐄𝐋𝐄 )Where stories live. Discover now