CAP. 2 - Woongi

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Todas as aulas haviam se passado, e agora a sala se encontrava vazia, bom, quase, se não fosse por Jennie e a loira oxigenada. Jennie estava debruçada sobre a mesa, como sempre, dormindo.
Rosé pensava se chamava a colega ou a deixava ali, mas em um ato de coragem chamou a menor:

- Hei, Jennie? Já está na hora de ir

- Hm? Oi? - Jennie falava meio fora de si, e talvez em efeitos da droga

- Está na hora de irmos - disse Rosé suspirando pesado

- Ah... mais já? - um olho da menor estava fechado, a claridade a incomodava

- Desculpa se te acordei, mas você não quer passar a noite aqui, quer?

- Oh, não não

Rosé viu que a colega não levantaria tão cedo então resolveu se assentar a sua frente:

- Então... Kim, você não tem uma reputação muito boa aqui, né?

- Não mesmo - disse esfregando suas têmporas

- É verdade que você é traficante?

- Traficante? - Jennie pigarreou - eu sou usuária, é diferente, eu não vendo, eu compro e uso, simples

- Deveria ser melhor ou pior?

- Nenhum dos dois - Jennie arqueiou uma sobrancelha - por que está falando comigo? Pessoas ricas e de boa reputação como você é bom manter distância de gente como eu

- Nãh, eu não ligo para essas coisas, somos todos humanos, você ser viciada não muda nada aqui entre a gente

- É bom saber que tem maturidade o suficiente para entender isso

- Mas sabe... eu não estou falando com você por falar

- Não? - Jennie franziu o cenho - por que então?

- Quero que me leve para fumar com você

- O que? Não, não mesmo - Jennie disse enquanto arrumava sua mochila nas costas

- Por que não? - falou em uma voz de manha

- Olha, esse meu mundo não é para gente boa como você, limpa e branquinha - Jennie riu com seu próprio comentário

- Eu pago.

- O quê? - Jennie não havia entendido

- Eu pago suas drogas, se me deixar fumar com você

O convite era tentador, Jennie não teria mais que inventar desculpas para pegar dinheiro com a mãe, e quem sabe conseguiria pagar sua dívida com o dono do beco, aquilo uma hora ia deixar ela no chinelo.

- Tem certeza?...

- Sim, uai

- Ok. Amanhã, me encontre atrás da escola, traga 300 mil wones.

- Tá bom.

- Fácil assim? Não vai nem questionar?

- Não. Tchau Kim, foi bom fazer negócios com você.

Rosé saiu e desapareceu da vista de Jennie. Que dia estranho.

Jennie caminhava em direção a sua casa, quando de repente alguém a puxou para um canto de um beco a prendendo na parede:

- Para alguém que deve, você está bem tranquila, não?

- Woongi?

- Não, a sua vó, é claro que sou eu sua tapada - ele a largou e Jennie suspirou aliviada

- Quer me matar do susto?

- Jennie, você sabe que sou seu amigo, mas eu trabalho para o cara que você deve milhões

- Que exagero, eu não devo milhões só... um milhão - Jennie disse coçando a nuca

- Você não presta mesmo hein - disse descontraído

- Tem alguma coisa para me dar?

- Eu não vim te dar drogas, eu vim te alertar, Jennie, você tem que sair dessa vida.

- O sujo falando do mal lavado é?

- Eu não tenho mais concerto, já tenho 30 anos, mas você ainda tem uma vida pela frente, se eu não posso me salvar, deixa eu salvar minha amiga.

- Está parecendo minha mãe - disse Jennie bufando

- É um conselho, se liga, o patrão não vai deixar você se safar desta vez, eu não posso pagar para você, ele fez questão de deixar isso claro - Woongi levantou a camisa e em sua costela havia uma cicatriz com pontos

- WOONGI?! O QUE HOUVE? - disse Jennie preocupada

- Calma... foi só um aviso, um aviso bem dado

- Me desculpa por te meter nessa

- Não, não se desculpe, a culpa é minha, se eu não tivesse te vendido drogas aquele dia, nada disso teria acontecido

- Eu vou dar meu jeito, já tenho um plano

- Espero que sim, a gente se encontra, preciso ir.

O homem disse e deixou a menina, desnorteada em seus pensamentos.
A garota seguiu para casa, entrando, foi diretamente para seu quarto, jogou a mochila em qualquer canto e se deitou na cama.

"Eu preciso convencer ela a me dar esse dinheiro." Pensava Jennie, a loira iria querer algo em troca com certeza, ela não estava disposta a dar qualquer coisa, mas nessas condições, ela daria até o seu próprio corpo, conhecendo o patrão do Woongi, ele não a mataria, a torturaria até ela pedir a morte.

A menor se levantou e foi para o banheiro, se despiu e se direcionou até o chuveiro, deixando a água quente massagear seu corpo. Terminado seu banho, a mesma subiu para o teto e acendeu seu cigarro, não gostava de fumar drogas a noite, atrapalhava seu sono, e a fazia acordar com dores inexplicáveis.

"Ela é tão bonita... estragar aqueles lábios colocando essa porcaria na boca, argh, eu deveria ter rejeitado, eu não posso levar ninguém para o fundo do poço comigo. Com certeza seus pais são ricos e conservadores, cresceu em berço de ouro e é virgem, participa de reuniões e aquela cara... mais hétero que ela, nem minha mãe consegue ser." Jennie vagava nos pensamentos enquanto observava o céu estrelado.

Será mesmo que deveria? Usar aquela garota apenas para se safar de algo que ela não tinha nada a ver.

A garota desceu e foi para o seu quarto, estava muito cansada e queria dar uma trégua para sua mãe, ela tinha noção o quão cansada ela ficava depois de tanto trabalho árduo, a mesma era faxineira da casa de um novo casal que havia se mudado recentemente. Se deitou e finalmente dormiu.

Amanhã seria um longo dia.






To botando fé nao, to pensando em apagar e fingir demência KAKAKAKA

Drogas e a droga do amor - CHAENNIE Where stories live. Discover now