Capítulo três

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Assopro a fumaça do cigarro para fora, enquanto bato meus dedos em cima da mesa, a impaciência me consome

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Assopro a fumaça do cigarro para fora, enquanto bato meus dedos em cima da mesa, a impaciência me consome. Ser o chefe de toda essa favela não é uma coisa difícil, porém quando perco o controle das coisas a questão é outra.

— Chefe, Hugo Delavega está aí. — Castro meu parceiro de confiança vem me avisar.

— Mande o entrar. — jogo o cigarro no cinzeiro.

A porta abre novamente o homem acompanhando de  uma bengala entra.

— Suponho que venha aqui para me dar ótimas notícias. — digo com um pouco de sarcasmo.

— Talvez para você seja, Heitor morreu, será enterrado amanhã.

— Que o inferno o receba de braços abertos!

— Ele ainda é o caralho do seu pai! — Hugo da um soco na mesa, bravo.

— Ele tem apenas o título, porque nem o nome e o sobrenome de merda que seu querido irmão me deu titio, eu não tenho mais.

Hugo é irmão de Heitor somente por parte de mãe, ele é quem tem me ajudado a procurar minha mãe, apesar de não estarmos tendo muitos resultados.

— E o que realmente importa? — pergunto se referindo a investigação.

— Sem resposta.

— Porra. — o ódio me toma e quando vejo, soco a prateleira ao meu lado, fazendo com que todas as coisas que estavam lá caísse no chão.

— Quebrar as coisas não vai resolver seu problema querido sobrinho. — agora é ele que zomba de minha cara.

— Falou o homem que sequestrou uma mulher e...

— A conversa aqui não é sobre mim! — me interrompe quando sabe que vou pegar no seu ponto fraco.

— Tudo bem titio — levanto as mãos em sinal de redenção.

— Daqui uns dias irei dar uma festa, neste mesmo dia terá um convidado que poderá dar resposta para nossas perguntas, só estou esperando a pessoa confirmar a presença.

Até a escuridão - série instintos - livro 1Where stories live. Discover now