iv. ( Kol Mikaelson )

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iv. ( Kol Mikaelson )

 ( Kol Mikaelson )

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KOL MIKAELSON 


 Kol Mikaelson era e sempre foi, um homem de grande personalidade, uma beirada ao caos e ao abismo. Diferentemente de Elijah, Kol não era cortês ou elegante, diferente de Klaus, Kol não sentia a necessidade narcisista de controlar sua família ou a vida de todos. Mas igual a Finn, Kol sentia a necessidade de querer pertencer a algum lugar. 

 O breu da morte era frio, mas isso ele já sabia, não é? Pois passar séculos preso em um caixão era como morrer e definhar até alguém se recordar de sua existência.

 O outro lado estava diferente desde a última vez que o viu. Estava escuro, sombrio até, uma neblina o cercava, como se quisesse impedir que Kol tivesse noção de onde estava.

 Ele não reconheceu, mas aquele lugar era o mesmo de sua vida passada, onde ainda era humano e ainda lhe restava mais humanidade em seu coração do que sangue.

 O Mikaelson mais novo não soube por quanto tempo andou, vagando sozinho entre os mortos. 

— E você deve ser o protegido de Alexandra.

 Kol ficou tenso, apurando seus instintos e sentidos, até se virar e encontrar uma bruxa, uma na qual nunca tinha visto. 

— E eu deveria saber quem é você? — Kol sorriu com cinismo. 

— Não, por enquanto, apenas eu saber quem é você, basta — A bruxa de cabelos pretos disse, com um sorriso gentil no rosto.

 Mas Kol não acreditava em gentilezas.

— Vamos, caminhe comigo Kol Mikaelson — A bruxa o chamou, começando sua caminhada em meio a neblina.

 Kol, arriscando todos os seus instintos, a seguiu. Afinal, o que ela faria? O mataria? Ele já estava morto.

— Conheci Alexandra em seu terceiro século aqui — A bruxa começou a dizer, tendo total atenção do Mikaelson. — Sua… afinal, como você a classifica? Cunhada? Amiga? Irmã? 

 Kol deu de ombros, porque não sabia a resposta. Andy era simplesmente Andy, não tinha rótulos, não tinha nada que fosse capaz de a definir. 

— Enfim — Ela desdenhou pela falta de respostas enquanto caminhavam. — Ela estava perdida. Acho que, depois de trezentos anos sozinha, Alexandra finalmente havia atingido a loucura da solidão. Ela era… arrisca, dizendo de jeito simplório. Estava sempre em alerta, mostrava a face de vampiro e não permitia que ninguém, ninguém, se aproximasse da sua propriedade. 

 Kol engoliu a surpresa. Algo em todos eles sempre fora quebrado e caótico, mas nunca, em nenhuma das realidades, seus irmãos e Kol acharam que algo poderia quebrar Alexandra Athens. 

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⏰ Last updated: May 19 ⏰

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THOUSAND YEARS,f.mikaelsonWhere stories live. Discover now