♦️SEVEN♦️

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JEON JUNGKOOK

A senhora Park era muito legal, eu não
Sou muito de falar, sou mais de ouvir, mas com ela eu fiz as duas coisas.

Ela falou sobre como Jimin era quando criança, até mesmo me mostrou fotos
dele dessa época.

Por algum motivo ela carregava um álbum de fotos na bolsa.

Tinha fotos do Jimin bebê, do Jimin com cinco anos, dele com sua irmã mais velha e com outra garotinha que não fazia idéia que era irmã dele também, por só ter ouvido falar da Park Lalisa.

Ela contava as trapalhadas de Park e
tirava de mim grandes gargalhadas, e
Park mesmo vermelho de vergonha, também ria junto.

Eu acreditava que entre mim e o Park estava tudo certo, porém estava enganado.

Depois que sua mãe foi embora, ele
avisou que iria deitar por que estava com dor de cabeça, e até aí tudo bem, mas quando chegou a noite, depois de um jantar incrivelmente silencioso, do jeito mais ruim possível, no qual Jimin nem ao mesmo olhava para mim, ele se retirou para tomar banho no quarto dele, e eu fui para o meu, e estava esperando ele ir dormir comigo.

Mas ele não foi.

Dormi muito mal aquela noite, e no outro dia quando acordei e fui procurar ele, ele já tinha saído para o trabalho.

Então pensei que a noite nós iríamos
conversar, então quando cheguei depois do trabalho, tomei um banho para relaxar e fui preparar o jantar, esperando por Park.

Mas ele não apareceu, a comida já estava fria e eu perdi a fome, fui para meu quarto, e me deitei, quando era quase dez da noite, Jimin chegou, mas não o vi, apenas ouvi os pequenos barulhos que ele fazia.

Naquela noite também ele não foi dormir comigo.

Nem naquele dia, nem no dia seguinte, nem nos outros dias que se seguiram.

Então quase duas semanas depois, já não aguentando mais isso ― tendo Park, noite sim, noite não, chorando baixinho no quarto. ― Resolvi falar com ele.

Eu havia ligado para o Taehyung pedindo ajuda, e ele me disse para procurá-lo, tinha que ouvir da boca dele o que estava acontecendo.

E foi o que fiz, quando sexta-feira ele chegou em casa, dei um tempo para que ele banhasse e quando imaginei que já tinha feito eu fui até lá, ele tinha seus fones no ouvido, escutando uma música triste, sabia disso por que ele cantarolava a mesma bem baixinho, ele estava deitado em posição fetal, e eu me senti mal com a visão.

Ele não me viu chegar, mas percebeu
minha aproximação quando subi na cama e meu peso sobre a mesma foi sentida por ele.

Mas ele não se moveu nem um centímetro.

Puxei um dos lados do fone para que ele me ouvisse.

― Podemos conversar?

Perguntei após tirar o fone.

Ele sentou com a cabeça baixa, mas
acenando uma concordância.

― Me fala o que está acontecendo Jimin, eu não estou suportando mais essa distância, esse silêncio, eu estou preocupado com você, poxa eu te ouço chorar quase toda noite, e isso parte meu coração. Jimin se foi algo que eu fiz me fala, se foi pela minha atitude daquele dia, me desculpa, eu só não estou pronto ainda, está sendo tudo
muito novo para mim, mas não está dando mais, não suporto mais isso, Jimin eu sinto sua falta.

― Não tem nada a ver com você Jeon, você não fez nada, eu também sinto sua falta, mas eu só... Eu só queria ter minha vida de volta...

E então ele começou a chorar, e eu não
sabia que outra coisa fazer, então o abracei. Deixei ele chorar o que tinha para chorar e o mantive no abraço.

Contrato (in) conveniente - jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora