𝐓𝐡𝐞 𝐃𝐞𝐬𝐢𝐠𝐧𝐞𝐫 - 𝐒𝐚𝐝𝐢𝐞 𝐒𝐢𝐧𝐤 (G!P)

𝟙𝟙

»𝐒𝐚𝐝𝐢𝐞 𝐒𝐢𝐧𝐤 𝐏𝐎𝐕«
Saturday in March, 07:38 AM

Se passou duas semanas depois de toda aquele caos que S/n passou. Neste momento, eu estou na recepção do hospital, esperando dar o horário para ir buscar a garota que ganhará alta!

Eu estou super feliz. Não foram semanas fáceis. S/n estava perto de pegar uma hemorragia por conta dos ferimentos. Seu rosto continua com algumas manchas e cicatrizes, assim como seu corpo. Ela anda mancando um pouco por causa de sua panturrilha e seu braço infelizmente tinha saído do lugar, por isso foi engessado.

Ela não estava nas melhores condições, sentia dores todos os dias mas sempre que eu estava junto a ela apenas fingia que essas dores não a incomodava.

Mas como sempre dizem, o que a boca não fala, os olhos refletem.

-- Você já pode entrar. -- Diz a mulher ao meu lado. Ela estava me ajudando a entender o que os franceses falavam, a mesma me acompanhava para todos os lados.

Me levanto e caminho um pouco rápido para o quarto que S/n estava, ansiosa para apenas levá-la para casa e cuidar dela como se minha vida dependesse daquilo.

Adentro o quarto e avisto a garota na cama, que abre um sorriso ao me ver.

-- Como você está, hum? -- Pergunto me aproximando da cama e beijando sua testa, abrindo um sorriso.

-- Bem mas um pouquinho ruim, tomei um monte de remédios. Maas isso não se compara que eu estou ansiosa para sair daqui e ir para casa. -- Sorri. Eu assinto e acaricio seu rosto levemente, para não acabar causando dor na mesma.

-- Sabe, Sadie. A gente vai ter que ficar mais uns dias aqui em Paris. Quero dar uma explorada por ele e pegar inspirações para desenhos.

-- Como quiser.

S/n me observa atentamente, seus olhos presos nos meus e tudo ao redor por um momento, havia desaparecido. Eu sorri pela forma que seu olhar passava pelo meu rosto, mas senti uma sensação diferente ao perceber que olhava para meus lábios.

Desvio o olhar para o chão, brincando com meus anéis enquanto sinto minhas bochechas queimarem intensamente.

-- Por que faz isso? -- Questiona.

Murmuro, voltando meu olhar para ela.

-- O que?

-- Por que desvia o olhar quando eu observo seu rosto?

-- Ah... -- Ri soprado. -- Talvez você me deixe nervosa.

-- Talvez? -- Ela riu. -- Você está vermelha, Sadie. Não adiantou falar "talvez."

Escondo meu rosto na blusa que eu segurava e solto uma risada de nervosismo, logo olhando para ela que ia um pouco para o lado na cama.

-- Vem.

-- S/a... eu não sei se pod- -- Sou interrompida.

-- Eu já vi essa cena em quase todos os livros de romance que eu já li. Os enfermeiros e médicos nunca implicaram com o casal. Vem logo!

Dou um sorriso negando e me deito ao lado de S/n, que abraça meu corpo e deposita um beijo em minha testa. Pouso minha cabeça em seu peito, escutando seu coração bater forte e rápido, dando um sorriso de canto. Seus dedos passam pelos meus fios, acariciando meu couro cabeludo de forma acolhedora. Sinto meus olhos pesarem e o sono acumulado me atingir ali.

-- Sabia que eu gosto de observar suas sardas? -- Olho para a mesma e sorrio.

-- Ah é mesmo?

-- Uhum. Se eu falasse que eles me lembram o céu estrelado seria muito clichê, sabe? Mas para mim eles são tipos vagalumes que me guiam para o mar mais profundo e encantador que eu poderia ver de perto... Seus olhos. -- Meu rosto queima. Provavelmente estou como uma pimenta em sua frente. -- Caramba, você provavelmente foi a pintura que utilizaram técnicas, tintas e pinceis exclusivos, pois é impossível não ficar admirando seus traços. Desde os maiores e os pequenos. Sinto que meus olhos caem na sua armadilha, me deixando vidrada e sem palavras para te elogiar. Mesmo que eu consiga te encarar por tanto tempo, meu coração quase pula do peito e posso sentir o maldito sentimento de atração. Talvez eu esteja dopada de tanto remédio, mas isso é apenas o que a S/n sóbria sempre quis te falar.