Pétalas de Akayama [BL]

Capítulo 29 - Transformar seus três castelos em cinzas

Olá, venerável!

O capítulo de hoje é o último do primeiro ato de Pétalas de Akayama. Olha só quanto tempo já passamos juntos, parece que foi ontem que retomamos as postagens! Se prepare porque daqui pra frente as coisas só vão esquentar (ou esfriar? ❄️) cada vez mais!

No capítulo anterior...

Zen está de volta. Yusuke e Tetsurou reclamam sobre o seu sumiço, mas o kitsune traz de presente para eles a cabeça do pai abusador de Yusuke e a cabeça do youkai que estava causando problemas no vilarejo. Tetsurou tenta se aproximar de Zen, mesmo com as esquivas do kitsune, e pede para que eles sejam mais próximos. Sazanka-heika, a tia de Zen, finalmente chega.

— Tia, você está muito estressada. Deveria tentar relaxar mais. Olhe quantos súditos vieram de longe só para tentar lhe fazer sorrir — Zen disse, impassível. Seus olhos deslizaram sutilmente para Yusuke atrás de si. — Muitos foram patéticos, eu sei, mas rir da mediocridade alheia também é divertido.

A tensão se estendia por cada cisco de gelo da Casa da Eternidade. A névoa branca se espalhava, partindo de onde Sazanka-heika estava. Zen avançou ousadamente, deixando a nuvem para ficar à frente de sua tia. Um olhar desafiador estampava seu rosto, mesmo que ele escolhesse mascarar sua expressão com um sorriso zombeteiro.

A rainha não reagiu ao comentário, apenas observando-o com olhos inexpressivos. Ela estava claramente contendo sua hostilidade, em parte porque Zen estava banido e não mantinha mais ligações com Sakuiya, e em parte porque havia algo mais em jogo.

— Sazanka tem seis leis que nunca devem ser quebradas. Leis absolutas que exigem punições severas.

A rainha ergueu os dedos, um por um, enquanto pronunciava cada acusação com uma voz que ecoava pelos vidros de cristais do jardim.

— Desobedecer e desafiar ordens divinas... — Seu olhar focou em Zen. — Matar ou comer outros youkais para roubar seu rei... — As palavras pesavam no ar, enquanto Zen também contava em seus dedos, relembrando o passado. — Entrar na Casa da Eternidade sem permissão... — Zen não pôde evitar um ligeiro arquear de lábios. — Casar com um youkai de um clã diferente... — Ela pausou, uma ameaça implícita nas palavras.

— Ah, essa eu não quebrei — caçoou Zen. — Mas foi quase.

A rainha o ignorou.

— Por fim, entraram em Sazanka sem permissão e mentiram diante de mim. — Seus olhos se voltaram para Yusuke e Tetsurou. O peso das transgressões pairava sobre seus ombros, tornando-os rijos. — Me diga, sobrinho, por que exatamente não iria mandá-los para Kasasagi no Kuchibashi para morrerem congelados?

— Eu não vou permitir. É motivo o bastante, tia?

Tetsurou sentiu um nó na garganta. Mais uma vez aquele kitsune ousava desafiar uma figura de poder, falando como se estivesse comentando o tempo. A rainha recuou, mas se esforçou para sustentar o olhar de reprovação.