Simplesmente, Você | Livro III

7

Depois de terem acompanhado Nina até o portão, as duas primas retornaram com seus braços entrelaçados.

— Eu estava pensando em nós três sairmos enquanto o casamento não acontecer.

— Isso é uma ótima ideia — disse Mavi, empolgada — Poderíamos sair amanhã, o que acha?

— Amanhã a minha mãe irá chegar — cantarolou Adam, pegando as duas de surpresa.

Mavi e Patrícia riram baixo.

— Patrícia!

Adam e Patrícia se abraçaram rapidamente.

— Quando você chegou? Eu não te vi.

— Eu cheguei hoje pela manhã.

— Ah, sim — murmurou, esticando seu braço para sua noiva.

— E que bom que eu te vi logo agora. Quero te parabenizar pelo noivado!

— Muito obrigada, Patrícia.

— E também... — ressaltou — Deixar bem claro para que você tome mais cuidado agora. É a Mavi que você irá cuidar.

— Tentarei ser o melhor, e o suficiente.

—... você já é o meu melhor — Mavi sussurrou para ele.

— É melhor eu voltar para dentro se não irei acabarei vomitando com tanto papo de amor, em poucos minutos — brincou Patrícia.

Os noivos riram da forma espontânea da moça, como a forma em que ela voltou para a moradia. Quando os olhos de Mavi ainda acompanhavam os passos de sua noiva, seus braços foram pegos com facilidade por seu noivo.

— Agora que estamos só nós, preciso conversar com você sériamente.

—... e eu posso saber sobre o que é?

— Logo irá saber — falou, distanciando-se.

Os noivos foram para o gazebo que ainda estava intacto e iluminado pelas lanternas. Mavi se sentou em um dos bancos, dando espaço para seu noivo — sem deixar de se aproximar dele, em seguida.

— E então, já posso saber?

— Nossa, como está apressada.

— Você sabe que eu não gosto de demora.

— Está bem...

Ele levou sua mão ao rosto se Mavi.

—... mas não vai nem me dar um beijinho?

Mavi gargalhou baixo antes de corresponder ao pedido de Adam. Quando se afastou, umedecendo seus lábios, parou para admirar a beleza do homem à sua frente, enquanto os dedos dele afastaram as mechas louras do seu cabelo. Poderia se passar anos e dias, mas aquele frio na barriga por estar tão perto não a iria abandonar tão cedo.

Adam fez o mesmo, só que apenas confirmando a cada toque que ela realmente existia, que ela era a mesma jovem doce que um dia foi a sua cura para tanta dor, e que depois de tanto tempo de espera e paciência seria sua noiva.

— Como eu disse à você, a minha mãe chegará amanhã.

— A minha sogrinha — ela deu uma risadinha — Faz um bom tempo desde a última vez que eu a vi, nos comunicamos apenas por ligações.

— Mas amanhã vocês irão se rever — contou — Ela ficou bem irritada comigo por não ter contado que faria o pedido, assim ela teria deixado tudo para passar esses dias com a gente cedo.

— Mas ela tem razão nisso. Vocês trabalham e vir para cá precisa de muito esforço — deu de ombros — Eu nem sei como você ainda veio.

— Vim porque eu tenho algo aqui que é bem mais importante do que o meu trabalho, muito mais importante do qualquer outra coisa terrena.