Sinto como se tivesse recebido uma ofensa. Eu enrubesci. Uma coisa era ter relacionamentos com companheiros masculinos dentro das quatro paredes do castelo por necessidade; outra bem diferente era permitir que o mundo ficasse sabendo disso. As pessoas reservavam os seus piores nomes para homens que sucumbiam a outros. Vidas poderiam ser condenadas e ceifadas por causa desse comportamento lascivo.
Meus olhos se voltaram para os de Namjoon de relance. Paralisados ao ver seu amigo com o pescoço e ombros ensanguentados. Não havia lágrimas em seus olhos, apenas pavor.
Fomos para o último cômodo da pensão, reservado exclusivamente para reuniões rápidas e acertos de mercadoria.
Taehyung fechou a porta. A cor pálida apareceu em seus punhos fixados sobre a mesa de pedra lisa. Um lorde muito conhecido por suas intimidações.
- Pois bem, nós estamos aqui. Que esperam de mim? - pergunto, debruçando meu corpo na mesa. - Quem sabe eles acreditem. Prometo que não vou ficar surpreso.
- Sabe o que acabou de fazer, Jeongguk? - perguntou Taehyung. Tentou manter a voz neutra, mesmo que detestasse. - Ao menos o conhece?
Franzo a testa.
- De quem está falando? Hoseok?
- Eu sei bem quem ele é. Chamam-no de Cobra-sorrateira. - disse o lorde caçoando dele com bom humor. - Ganhou esse apelido porque sempre escorrega das grades em que o prendem.
Olho para Hoseok. Sentado com a cabeça baixa.
- Isso é verdade?
- Achei que soubesse... - se desculpou. Mostrando seu pequeno sorriso, não estava ofendido.
- Agora que foi encontrado aqui. Não serás bem-visto. O que pensa que está fazendo?
- O que eu estou fazendo? - indago - Nada, por enquanto.
Taehyung levantou uma sobrancelha.
- Você anda com as pernas quentes, Jeongguk. Seu nome está sendo mencionado a cada instante. - informou ele naquele tom de
comando que ouvira antes.- Em que círculos? - Perguntou Namjoon.
- Nos círculos de tecelagem da minha avó! De que círculos acham que estou falando? Sou o general da tropa real, estúpido. - Agora fiquei sabendo que pretende ir rumo ao oeste, com um plebeu saqueador e um rebelde que faz grafites nas paredes do castelo.
Surgiu-me um outro sentimento. Um sentimento de curiosidade, de vazio
e de desejo.- Será que podemos sentar para escrever esse seu livro? - questiono para ele.
- Conte-me tudo.
- Eu tive uma conversa civilizada com os moradores locais... Namjoon apareceu...
- Quero do início. - exigiu ele.
Pisco, aturdido, perguntando-me o que ele poderia querer lhe dizer.
- Acordei em minha cama?
- Não brinque com isso, Jeongguk. Quando teve a brilhante ideia de acertar as contas com seu tio? Sozinho.
- Tenho um número altíssimo agora aqui comigo. - zombo com um sorriso torto.
- Ah, claro. Com dois homens que mal sabem falar Paradisiano.
Balanço a cabeça brevemente como se acreditasse nele mas, por
sua expressão, estava claro que ele estava incerto. Ao começar torcer as mãos.- Falamos melhor do que você! Sabe como é... Não trocamos as vogais. - rebateu Hoseok com um tapinha nas costas do amigo.
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O Rei Jeon | NAMKOOK
FantasyTodos nós temos uma mudança. Um momento divisor, empolgante e inesperado que nos muda para sempre. Para Jeon Jeongguk, o futuro rei de Paradis não seria diferente, esse instante ocorreu pela primeira vez em que pôs os olhos em Kim Namjoon. Após a m...