16' reencontro

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Angeline pisava seus pés no aeroporto de Guarulhos, sentia suas pernas falharem e se segurou para não cair no chão, o nervosismo e a ansiedade estavam a dominando.

A garota não conseguia acreditar que estava lá, mas as paranóias também enchiam sua cabeça.

Eles gostariam de ver ela?

Agora não importava mais, ela já estava lá.

A garota saiu do aeroporto, pedindo um Uber e indo em direção a casa de Jotapê.

Aonde Barreto disse que estaria.

Aonde a maioria de seus amigos estavam.

A garota sentia seu corpo inteiro tremer, enquanto digitava para sua mãe que já havia chegado.

Assim que o carro parou em frente ao prédio que João Pedro estava morando, Angeline engoliu o nervosismo e desceu do carro, ficando parada na calçada por alguns minutos.

— Oi? — alguém chegou por trás da garota, tocando seu ombro.

Angeline pulou de susto, e arregalou seus olhos, reconhecendo a voz.

— Oi, Pedro. — sorriu leve.

— Carai' Angeline! — o garoto sorriu abertamente, a puxando para um abraço. — O que 'cê tá fazendo aqui, louca?

A garota riu, sentindo seus olhos marejarem de alivio.

— Consegui voltar, dois meses aqui. — se explicou saindo do abraço.

— o Barreto sabe?

— Sabe, ele é o único que sabe, eu acho né. — deu de ombros nervosamente.

— Vamo entrar então pô'!

— Acho que ainda não tô preparada, 'cê tem um cigarro? — implorou com os olhos.

— Tenho, vem vamo' entrar e ficar embaixo fumando, depois 'nois sobe.

Eles entraram para o condomínio e se sentaram em um dos bancos, dividindo um cigarro.

— Então, por que 'cê não veio antes? Fiquei sabendo que Barreto te ligou bebasso'.

— Era pra eu ter vindo ano passado ainda, mas não deixaram.

— Como assim não deixaram, maluca? 'Cê tem vinte anos na cara!

Angeline explicou tudo para Pedro, que ficou revoltado, tirando várias risadas da garota, que já se sentia mais leve.

Angeline e Doprê estavam em frente a porta de Jotapê, parados, em silêncio

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Angeline e Doprê estavam em frente a porta de Jotapê, parados, em silêncio.

O homem bufou e tocou a campainha, recebendo um tapa na nuca da garota.

— Ai vagabunda. — murmurou reclamando.

— Eaí meu mano Rapha! — Jota abriu a porta animado. — E....ANGELINE? — gritou com os olhos arregalados.

VIDA LONGA, MUNDO PEQUENO - barreto mcOnde histórias criam vida. Descubra agora