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Melissa

Entro no carro, fecho a porta e puxo o cinto, mas percebo que está emperrado.

Ret: Quer ajuda? - pergunta, rindo.

Eu: Não, eu consigo - respondo determinada, tentando puxar mais uma vez, mas sem sucesso. Suspiro frustrada e finalmente peço ajuda.

Ela puxa o cinto e o prende.

Ret: Pronto! - diz, ligando o carro - Quando você comeu? - pergunta, dando partida no veículo.

Eu: Foi no almoço - respondo, e ele me olha indignado.

Ret: Já são quase oito da noite - comenta, parando em uma lanchonete - Já volto - desce do carro.

Fico mexendo no Instagram enquanto espero por ele, assistindo os stories da peranha, estou amando assitir o Flavinho.

Minutos depois, Filipe volta e joga uma sacola em mim.

Eu: Que agressividade desnecessária - brinco, e ele ri - Obrigada - agradeço ao abrir a sacola.

Ret: Me agradeça comendo tudo - brinca, e eu concordo.

Dentro da sacola, encontro uma garrafinha de suco natural de maracujá e dois sanduíches naturais.

Eu: Acho que não vou conseguir comer esses dois - aviso, pegando um sanduíche e mostrando o tamanho.

Ret: Eu sei, comprei um para mim também - explica, concordando comigo.

Pego o sanduíche com as duas mãos e observo os ingredientes, parecia delicioso. Ao dar a primeira mordida, um sorriso involuntário aparece em meu rosto. Realmente estava precisando me alimentar.

Ret: Parece tá delicioso - comenta, rindo, e eu dou um sorriso envergonhado.

Eu: Quer? - ofereço.

Ret: Por favor - responde, e levo o sanduíche até sua boca, onde ele morde e mastiga lentamente, alternando o olhar entre mim e o trânsito.

Coloco o sanduíche na sacola e pego a garrafinha, tomando um gole e oferecendo para Filipe, que concorda e bebe.

Seguimos o caminho conversando e dividindo o lanche, até chegar a um local isolado, como uma fazenda, com apenas um vilarejo próximo.

Ret: Vamos, madame - diz, saindo do carro, e eu o sigo.

Ele pega minha mão e nos dirigimos a um galpão enorme.

Filipe cumprimenta as pessoas pelo caminho, enquanto eu apenas sorrio timidamente.

Duas mulheres se aproximam de nós, ambas muito bonitas.

Ret: Essa é a Anna - aponta para a de cabelo curto - e essa é a Isabella - aponta para a outra.

Eu: Oi gente, Melissa, prazer - cumprimento.

Izabella: Oi, prazer em conhecer você - me abraça simpaticamente, enquanto a outra apenas acena.

Ret: Onde eles estão? - pergunta, ficando sério.

Anna: Vamos - responde pela primeira vez e nos guia - Tem certeza que quer ir? - pergunta, de forma debochada.

Eu: Tenho sim - afirmo.

Filipe, percebendo o clima tenso, intervém.

Bella: Bella, vá à frente. Você ainda não está pronta para isso, Anna - diz friamente, e Anna entrega o fuzil para Isabella.

Não gostei daquela Anna, ela não me desce.

Entramos em um local com muitas celas, parecido com um presídio, com vários homens mal-encarados nos encarando e pedindo ajuda.

Em uma das celas, encontramos dois homens, um chorando e o outro rezando de joelhos.

Ret: Levanta, a moleza acabou - fala, soltando minha mão.

Kako: Pelo amor de Deus, professor, não temos nada a ver com isso - fala, gaguejando.

Ret: Mandei falar alguma coisa? - pergunta e eu me arrepio toda- Malandro, leve ele. Já sabe o que fazer. - ordena, e o tal malandro leva o outro para algum lugar. - Você! Veigh, né? - aponta para ele. Me explique tudo. - fala calmamente.

Veigh: Então, eu estava com uns problemas em casa. A oportunidade surgiu, o dinheiro fácil. Comecei a fazer uns trabalhos, como roubo e até matar pessoas. - fala, olhando para nós sem vacilar o olhar. - Estava ganhando bem, até que veio uma proposta: ganharia o dobro sequestrando o filho de um juiz poderoso. Foi aí que encontrei meu parceiro, Kako, o nosso piloto. Eu fiquei como co-piloto, ajudando na localização. Tinha mais três responsáveis pelo sequestro. Mas acabamos confundindo as casas, ou mandaram errado. Um de nós pegou a criança errada, acreditando que era a certa. Quando notaram, fugiram e nos deixaram sem saber o que fazer. - finaliza.

Ret: E você acha que vou acreditar nisso? - pergunta, e o menino confirma, já chorando. - Você chora demais, moleque. Traga a Bella. - diz, e ela entrega um envelope a ele. - Hum, Thiago Veigh da Silva, filho de Maria Joana da Silva. - fala, lendo. - Faleceu no início deste ano, vítima de leucemia. Pai até então desconhecido. - continua, rindo. - Tem uma irmã de treze anos, filha de um policial que foi morto um ano depois que ela nasceu. - diz, olhando para ele.

Observo Filipe pegar o celular e se afastar.

Bella: Teste de paternidade, amo. - fala, ficando ao meu lado, e eu a olho sem entender. - Menina fofoca, só espere. - diz. Eu concordo.

Estou em estado de choque, e Filipe me chama.

Eu: Oi. - falo, aproximando-me dele.

Ret: Me fale o nome completo do...

O que acham da Anna?

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⏰ Ultimo aggiornamento: Jun 15 ⏰

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