🌸capitulo 4🌸

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Aurora chegou ao estúdio, seu santuário pessoal, onde longos tecidos de seda esperavam por ela, pendurados como vinhas num jardim secreto. Ela vestia seu traje de prática, um conjunto que refletia as cores do crepúsculo, e seus cabelos capturavam a luz dourada do sol poente.

Com um sorriso sereno, Aurora começou a se aquecer, estendendo seus membros com a flexibilidade de uma pantera. Quando estava pronta, ela se aproximou do tecido, seus dedos acariciando o material como se fosse um velho amigo. E então, ela começou a dançar.

Ela começou com os pés descalços tocando suavemente o chão, como se estivesse testando as águas de um lago tranquilo. Com um suspiro de contentamento, Aurora agarrou o tecido, seus dedos entrelaçando-se firmemente nas fibras que logo a elevariam.

Ela subiu com a leveza de uma pluma, cada movimento ascendente era uma promessa de magia. Ao alcançar a altura desejada, Aurora pausou, permitindo que o silêncio falasse por ela. Então, com a música enchendo o ar, ela se lançou na coreografia.

Aurora envolveu uma perna no tecido, girando em torno de si mesma, ascendendo como uma chama guiada pelo vento. Seu corpo subia em espirais, cada volta uma pincelada de cor no céu do estúdio.

Com um movimento fluido, ela se enrolou no tecido, abraçando-o com ambos os braços e pernas. Nesse momento, Aurora parecia uma escultura viva, uma obra de arte suspensa no tempo e no espaço.

De repente, ela soltou o tecido, caindo em uma descida controlada que fazia o coração dos espectadores parar. Mas antes de tocar o solo, ela se prendeu novamente, a queda transformando-se em um balanço gracioso.

Aurora então se desenrolou, estendendo os braços e pernas em um movimento expansivo. Ela girava no ar, tecido desenrolando-se em cascata, como uma fênix renascendo das cinzas em um espetáculo de luz e cor.

Finalmente, ela se envolveu no tecido uma última vez, formando um casulo que a suspendia acima do chão. Lá, Aurora repousava, seu corpo balançando suavemente, como se estivesse deitada sobre nuvens.

Quando a música diminuiu e Aurora desceu, o estúdio estava em silêncio, todos maravilhados com a beleza que haviam testemunhado. Ela sorriu, sabendo que havia compartilhado algo especial, um pedaço de seu coração tecido na dança.

Após a performance deslumbrante de Aurora, o estúdio se encheu de uma energia vibrante. Os amigos de Aurora, que também eram artistas do tecido acrobático, se aproximaram dela com sorrisos que brilhavam tanto quanto sua performance.

— Você foi incrível, Aurora! – exclamou Marina, uma das mais próximas amigas de Aurora, com os olhos brilhando de admiração. — Cada vez que você sobe naqueles tecidos, é como se você nos levasse para um mundo diferente, um lugar onde só existe beleza e graça.

João, sempre o mais entusiasmado do grupo, concordou com um aceno vigoroso. — É verdade! Você tem um dom, Aurora. Sua habilidade de se envolver nos tecidos e ainda assim parecer tão… livre. É arte pura!

Carlos, o instrutor do estúdio e mentor de Aurora, se aproximou com um olhar orgulhoso. — Aurora, você não apenas executa os movimentos, você os sente. E isso faz toda a diferença. Sua paixão e dedicação são visíveis em cada curva e torção. Você é uma inspiração para todos nós aqui.

Aurora recebeu cada elogio com um coração aquecido pela camaradagem e apoio de seus amigos. Ela sabia que, embora o tecido acrobático fosse uma jornada pessoal, era a comunidade ao seu redor que dava força aos seus voos.

— Obrigada, meus amigos – disse Aurora, abraçando cada um deles. — Vocês são a razão pela qual eu continuo a me desafiar e a crescer. Juntos, nós elevamos a arte do tecido acrobático a novas alturas.

LOVE ME: Um Quarteto ProblemáticoWhere stories live. Discover now