Capitulo 3 - Jantar e segredos.

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  Maegor acordou com um sobressalto, os olhos adaptando-se lentamente à escuridão. Era noite. O silêncio do castelo era quase absoluto, interrompido apenas pelo som distante de passos apressados e o ocasional murmúrio. Ele se levantou da cama, sentindo os músculos rígidos pelo sono prolongado.

À sua frente, os criados haviam deixado um banho preparado, o vapor subindo preguiçosamente da água morna. Do lado, uma roupa limpa estava dobrada meticulosamente sobre uma cadeira de madeira esculpida. Sem perder tempo, Maegor despiu-se e mergulhou na banheira, a água quente relaxando seus músculos e limpando a sujeira e o cansaço.

Após um longo banho, ele secou-se com uma toalha macia e vestiu a roupa limpa. O tecido era suave contra sua pele, ajustando-se perfeitamente ao seu corpo. Sentindo-se revigorado, Maegor saiu do quarto e seguiu pelos corredores do castelo em direção ao salão de jantar. As tochas nas paredes lançavam sombras dançantes, criando uma atmosfera quase onírica.

Enquanto caminhava, seus pensamentos voltavam-se para o que o aguardava no salão: um banquete, sem dúvida, mas talvez também conversas importantes e decisões a serem tomadas. Ele respirou fundo, preparando-se para o que estava por vir. Ao empurrar as portas pesadas do salão, Maegor estava pronto para enfrentar a noite.

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Maegor empurrou as portas pesadas do salão de jantar, o som ecoando suavemente pelo vasto espaço. As tochas nas paredes iluminavam o ambiente, lançando um brilho dourado sobre a longa mesa de carvalho, onde a família já estava reunida.

Viserys, Daemon, Rhaenyra, Aemma, Alicent e Otto ocupavam seus lugares, conversando em tons baixos. Quando Maegor entrou, todos os olhares voltaram-se para ele. Viserys acenou com a cabeça, convidando-o a se juntar a eles.

Maegor caminhou até a mesa e sentou-se em uma cadeira vazia. Assim que se acomodou, Rhaenyra, com os olhos brilhando de curiosidade, inclinou-se para frente.

— Maegor, como era no seu tempo? — ela perguntou, a voz carregada de interesse genuíno. — Quer dizer existem vários livros falando sobre você mais nada melhor do que ouvir da sua própria boca.

Os outros também olharam para Maegor, esperando por sua resposta. Ele tomou um gole do vinho que um criado havia servido antes de começar a falar.

— Meu tempo era... Incrível — começou Maegor, escolhendo suas palavras com cuidado. — Vi terras distantes, conheci pessoas de culturas diferentes e enfrentei desafios, e guerras também.

Daemon inclinou-se para frente, uma sobrancelha arqueada.

— Desafios? — perguntou ele, a voz tingida de interesse. — Que tipo de desafios, Maegorzinho?

Maegor sorriu, lembrando-se das batalhas e dos enigmas que havia resolvido.

— De todo tipo — respondeu ele. — Batalhas, sim, mas também desafios que exigiram diálogos, e bem, eu não curto muito isso, eu tô certo você tá errado e ponto final, é assim que eu penso.

Rhaenyra sorriu, satisfeita, enquanto Alicent e Otto trocavam um olhar intrigados. A conversa fluía naturalmente, e Maegor sentia-se cada vez mais à vontade, cercado por aquelas pessoas. Por um momento, ele se permitiu desfrutar da companhia e do calor do salão, ciente de que talvez estivese encontrando o lar que sempre procurou.

Enquanto o jantar prosseguia, Rhaenyra arrumou coragem, olhou para Maegor com curiosidade e perguntou: - Maegor, conte-me mais sobre sua mãe, Visenya. Sempre ouvi histórias sobre a força e a determinação dela. Como ela era realmente?

Maegor sorriu, lembrando-se de sua mãe. - Visenya era uma mulher formidável. Ela tinha uma presença que fazia qualquer um parar e prestar atenção. Era sábia, estrategista, e sempre soube como manejar a espada. Mas, acima de tudo, ela era uma mãe dedicada e protetora. Muito do que sou hoje devo a ela.

Fire and Blood - Maegor and AemmaWhere stories live. Discover now