Capitulo 4 - Diálogos.

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   Depois do jantar, Otto subiu as escadas em direção ao quarto de sua filha, preocupado com o enjoo que ela havia sentido durante o dia. Bateu levemente na porta antes de entrar.

— Alicent, posso entrar? — perguntou com a voz suave.

— Claro, pai — respondeu ela, deitada na cama, com um semblante cansado.

Otto entrou e se aproximou da cama, sentando-se na beirada.

— Como você está se sentindo? O enjoo melhorou?

— Um pouco — disse Alicent, suspirando. — Mas não é isso que me preocupa agora.

— O que está te preocupando, então? — Otto indagou, franzindo a testa.

Alicent se sentou lentamente, olhando diretamente nos olhos de seu pai.

— Você acredita nessa história de que Maegor voltou ao passado?

Otto hesitou por um momento antes de responder.

— Eu tenho minhas desconfianças — admitiu ele. — Não sei até que ponto essa história é verdadeira, mas é fato que algo estranho está acontecendo. E isso pode ser um problema para nós.

Alicent assentiu, compreendendo a gravidade da situação.

— Então, o que faremos? Não podemos permitir que os Targaryen ganhem mais poder. Não depois de tudo que fizemos para garantir nossa posição.

Otto olhou para a filha com determinação.

— Precisamos agir antes que outro imprevisto aconteça. Precisamos de um plano.

— Um plano para derrubar os Targaryen? — Alicent perguntou, sua voz cheia de uma mistura de medo e excitação.

— Exatamente — confirmou Otto. — Precisamos enfraquecer a confiança deles, espalhar dúvidas e desconfianças. Se pudermos desestabilizá-los internamente, nossa posição será fortalecida.

Alicent mordeu o lábio, pensativa.

— E como faremos isso?

Otto se inclinou mais perto, seu olhar firme.

— Primeiro, precisamos de aliados. Gente que também esteja insatisfeita com o domínio dos Targaryen. Vamos sondar nossos contatos e ver quem está disposto a se juntar a nós.

— E depois? — Alicent perguntou, ansiosa.

— Depois — Otto disse, a voz baixa e conspiratória —, vamos plantar a semente da discórdia. Precisamos fazer com que os próprios Targaryen se voltem uns contra os outros. E quando estiverem enfraquecidos, nós faremos nosso movimento.

Alicent respirou fundo, sentindo a tensão do momento.

— Estamos correndo um grande risco, pai.

— Eu sei — disse Otto, pegando a mão da filha. — Mas é um risco que precisamos correr. Pelo bem da nossa família.

Alicent assentiu, determinada.

— Então vamos fazer isso. Vamos derrubá-los antes que eles tenham a chance de reagir.

— Exatamente — concordou Otto, com um brilho calculista nos olhos. — Começaremos imediatamente.

Pai e filha trocaram um olhar cúmplice, conscientes do desafio que tinham pela frente, mas também determinados a garantir a segurança e o poder de sua família.

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Viserys estava sentado em seu gabinete, mergulhado em pensamentos profundos e preocupações que não podia compartilhar com muitos. Ele havia recebido uma visita extraordinária e perturbadora: Maegor, o Cruel, alegava ter sido enviado pelos deuses para salvar a família Targaryen da ruína. A princípio, Viserys havia recebido essas alegações com ceticismo, mas a conversa com Maegor e os eventos subsequentes o deixaram inquieto.

Fire and Blood - Maegor and AemmaOnde histórias criam vida. Descubra agora