|15| Desculpa ter entrado assim...

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Notas: Oi, meus amores! Achei que o capítulo iria ficar grande demais se eu colocasse tudo que estava em mente, então achei melhor dividir em duas partes, finalizei a Parte 1 e aqui está. 📆 Parte 2: 14/06 às 20h

Hoje o dia é todo da paraibana arretada e doidinha que esse fandom me deu, e eu dedico esse capítulo a ela. Andreza, Feliz Aniversário! Que o seu novo ciclo seja repleto de sorrisos, amor e sonhos realizados. 🥳
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| Alexandre Nero |

Voltar ao trabalho no tribunal era um alívio bem-vindo. O ambiente já bastante familiar embora minha chegada lá tenha sido bem recente, os novos colegas que eu fiz, o trabalho em si, tudo isso ajudava a colocar a minha mente nos eixos. Nos últimos dias, minha cabeça estava completamente tomada pela presença de Giovanna, a mulher é intrigante e desafiadora, uma hora me usa como um objeto sexual, na outra surta achando que eu estava com uma qualquer na praia.

Ela não deixa nem a pessoa falar, a boca da desgraçada já é mole de tanto falar "eu não quero saber", ela nunca quer saber de nada. Talvez se tivesse prestado atenção quando, na nossa noite de vinho, eu falei que tinha uma filha ou se tivesse se interessado em me conhecer um pouquinho sequer saberia que eu tenho uma filha quase do meu tamanho.

Mas no trabalho, revisando processos, me reunindo com advogados e redigindo sentenças, ao menos por algumas horas eu podia focar em algo concreto, algo que pelo menos fazia algum sentido, algo que não me deixava questionando cada movimento, cada atitude e cada silêncio daquela mulher que eu tive a sorte ou o azar de conhecer.

De manhã cedinho deixei a Nina na universidade e segui para o tribunal, decidimos que a nossa rotina seria assim até que ela tirasse a carteira de motorista, nos dias que tivesse aula apenas pela manhã ela voltaria por conta própria para casa e nos dias que tivesse aula à tarde, mesmo que apenas nos primeiros horários, ela esperaria eu ir buscá-la. Cheguei na UFRJ no horário que previ e ela já me aguardava no estacionamento.

— Oi, pai — entrou no carro animada me dando um beijo estralado na bochecha.

— Oi meu, amor! E aí, como foi o primeiro dia de aula? Gostou? E o pessoal?

— Lembra a sensação que eu tive quando mudei de escola no sexto ano? Foi mais ou menos isso, a turma super unida e eu a novata solitária, mas consegui me aproximar de algumas meninas agora à tarde.

— Lembro que você implorou pra voltar pra escola antiga — recordei dando risada — não vai querer voltar pra Campos dos Goytacazes não né?

— Claro que não! — ela riu também — Pai, a professora de Anatomia e Escultura Dental é maravilhosa, nós duas conversamos bastante, ela é super legal, atenciosa, sensível, me convidou até para fazer parte do grupo de pesquisa. Parece ser do tipo de professora bem galera, que todo mundo gosta. Ela foi a primeira pessoa que falou comigo no departamento.

Janela Indiscreta | GNOnde histórias criam vida. Descubra agora