Não posso ficar aqui deitada, à toa. Preciso fazer algo útil.
Me levanto e vou até a cozinha. A Sra. Kimberly está lá, preparando algo.
-Bom dia, Sra. Kimberly! -digo
-Bom, dia Srta. D'Angelo! Como está?
-Estou bem! E a senhora?
-Eu também estou bem!
Sorrio, gentilmente.
-Eu posso abrir a geladeira? Estou com fome.
-Eu fiz umas panquecas. O Sr. Salvatore pediu para que eu guardasse o seu no microondas, para quando você acordasse. -ela seca as mãos e pega as panquecas no microondas, me entregando -ainda estão quentes!
-Muito obrigada! -digo, pegando as panquecas e me retirando.
Elas parecem deliciosas.
Vou até meu quarto, me sento na poltrona e me delicio com as panquecas, que estão perfeitas.
Assim que acabo de comer, ponho o prato em minha mesinha.
O que eu posso fazer agora? Me sinto preguiçosa demais para sair daqui, mas ao mesmo tempo, entediada demais para permanecer aqui.
Acho que vou assistir um filme.
Me levanto e pego o prato, vou levá-lo até a pia.
Enquanto desço as escadas, ouço um barulho de peso caindo no chão, igual àquela vez em que o Sr. John morreu e caiu em meus pés.
Imediatamente meu coração acelera, e minha respiração está ofegante.
De novo.
O som veio do andar de baixo. Só havia a Sra. Kimberly.
Será que algo aconteceu com ela?-Sra. Kimberly? Está tudo bem?
Silêncio no ar.
-Sra. Kimberly?
Não obtive nenhuma resposta.
Vou até a cozinha, temerosa.
Chegando na porta, me deparo com a Sra. Kimberly caída no chão. Sua cabeça está sangrando.
-DEXTER! SOCORRO! A SENHORA KIMBERLY!
Dexter vem em minha direção, ele está desesperado.
-O que aconteceu? - ele me pergunta
-Eu não sei! Chame a emergência! Rápido!
Ele imediatamente liga para a emergência.
Logo, ele me passa o telefone e digo o que aconteceu.
Eles estão vindo.-Júlia, o que aconteceu?
-Eu não sei, não estava aqui. Eu estava trazendo esse prato e enquanto descia as escadas, ouvi o som de algo como um corpo caindo. Chamei por ela, mas ela não me respondeu. Quando cheguei aqui, ela estava caída, foi quando te chamei.-deixo escorrer uma lágrima em meu rosto - O que será dela? Estou preocupada.
-Tudo depende da merda da ambulância. Meu carro está quebrado por causa dos vagabundos de ontem. Eles quebraram meu carro todo, não tem como levá-la.
-Você não tem outro carro?
-Ele não está aqui. Roubaram.
-Droga.
Dexter parece preocupado e nervoso.
-Vamos verificar os sinais vitais dela. A queda pode ter sido fatal, dependendo de onde foi machucado.
Dexter sente a respiração dela.
-A respiração está pesada.
-Verei o pulso dela. -digo.
Verifico sua pulsação e não tenho boas notícias.
-A pulsação está fraca. Muito fraca.
-Merda. Vamos continuar verificando, não posso deixar que ela morra. Ela me criou, farei o que for preciso para salvar a Sra. Kim.
-Tudo bem, ela ficará bem. Vou verificar mais uma vez as batidas dela. -assim faço- está mais fraca.
-Ela não pode morrer.
O sangue está se espalhando pelo piso da cozinha muito rapidamente.
-Pegue um pano e água.
Assim, Dexter faz.
Não sei como fazer com que esse sangue pare de sair da cabeça dela, mas tentarei o meu melhor.
Pego a garrafa de água e molho sua cabeça, especificamente no lugar onde está concentrada a maior parte do sangue em seu couro cabeludo.
Ponho o pano por cima.Não sei se é o certo, mas quero evitar que isso se alastre.
-Verifique a pulsação de novo. -diz Dexter
Assim faço.
1 segundo se passa.
2.
3.
4.-Dexter... Eu não estou sentindo a pulsação dela.
-Não, você deve estar enganada, sinta pelo peito dela. -diz Dexter, com a voz trêmula.
1 segundo se passa.
2.
3.
4.
5.Nada.
Nenhum sinal.-Dexter... Sinto muito.
-Não pode ser... Vamos fazer alguma coisa, tentar reanimá-la.
Ele mesmo tenta.
Verifica se há sinal vital.
Nada.
Ela definitivamente se foi.-Não... -ele está chorando, seus gritos de decepção e angústia invadem as quatro paredes da cozinha.
Ele a amava, e isso é notável.
-Ela não poderia ter morrido... Não ela. Eu! Eu deveria ter morrido no lugar dela, sou um miserável mesmo! Mas ela não... -Dexter põe sua testa sobre o peito dela, aos prantos.
Vou até Dexter e o abraço, desabando juntamente com ele.
Eu entendo sua dor.Quando minha mãe morreu, a sensação foi devastadora. É como se o meu mundo acabasse de ter sido desmoronado.
Apenas queria o abraço dela, mas ela não poderia me abraçar.Eu o entendo e sinto muito por ele.
Que dor.
Que incessante dor.A dor não é física, o meu coração dói.
Minha alma chora.
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Stalker - Atração Obsessiva
RomanceJúlia D'Angelo, uma mulher de 23 anos, tem uma vida monótona. Sua vida estava normal e sem acontecimentos fora da rotina, até ela descobrir que tem um stalker à sua volta observando cada passo dela. Venha ler a história e descubra o que acontecerá...