Drifit - Jenlisa (G!P)

Capítulo Seis

Pov’s Jennie Kim

Andei pensando na conversa que tive com a Clarice graças a cena que ocorreu na segunda-feira à noite na varanda daqui de casa, pedi para os irmãos Mason colocarem câmeras discretas por toda casa assim que minha esposa estivesse fora. Eu precisava entender o motivo daquelas lágrimas, se a moça chamada Lalisa estava chorando por algum problema familiar ou por algo que foi causado aqui em minha residência, juro que se for a segunda opção cabeças irão rolar porque não irei permitir que um funcionário meu seja maltratado de forma alguma, a garota estava chorando e machucada, isso é algo que eu não tolero.

Foi difícil lembrar das expressões que a jovem teve ao me pedir para deixá-la em paz, quando penso sobre isso, se fecho os olhos ainda consigo enxergar cada detalhe daquela noite e só a imagem já é o suficiente para causar dor em meu peito.

Sei que é estranho, mas isso tem mexido com a minha cabeça esses dias e acabei me distraindo várias vezes durante as reuniões por lembrar da babá chorando.

Preciso acabar com essa dúvida de uma vez por todas.

Falar sobre McKenzie continua sendo um tópico complicado, depois do que aconteceu lá no quarto ela vem sendo bem carinhosa comigo nas ligações e quando chego em casa, sei que tudo isso é só pra tentar me fazer esquecer do que aconteceu, afinal, ela nunca foi grudenta. Na nossa relação eu que sempre fui muito de contato e chamego, já ela tem o próprio jeito de expressar as coisas, o que pra mim não é nenhum incômodo, mas ver Maya toda carinhosa é um pouco estranho de certa forma.

Cheguei do trabalho faltando dez minutos para uma da tarde e percebi que fui uma completa idiota, hoje é o início de um dos maiores eventos de moda e minha esposa havia sido convocada para participar dele como modelo principal, ele ocorre em Paris em uma das passarelas mais belas que tem por lá.

Mas eu simplesmente esqueci do evento e pela horário creio que ela chegue lá durante o final da tarde, o pior é que achei que o evento só seria daqui a duas semanas, mas pelo visto me enganei.

Certeza que ela vai me matar quando chegar de viagem.

Deixei a chave do carro na mesinha e caminhei em direção ao andar de cima com minha maleta na mão, estava um pouco pesada graças as pastas de documentos, mas não era nada que me impedisse de carregar.

Passando pelo corredor pude ouvir a voz da babá conversando com o Theo e sorri seguindo direto para o meu quarto, assim que entrei fechei a porta e fui até a cama, logo vendo uma carta. Abri o objeto para ler já sabendo do que se tratava, Maya sempre que ficava irritada comigo acabava deixando algumas cartas pelo quarto, mas o que eu imaginei ser uma relato de ódio, foi um tipo de confissão calorosa. As letras ali escritas dizia o quão consciente ela estava sobre o meu trabalho, que a mesma imaginava que o cansaço acabou fazendo a ideia do evento se perder na minha cabeça e que não iria ficar chateada com aquilo, que preferia ver a esposa dela descansando do que indisposta em um lugar tão importante como aquele. De fato eu esperava qualquer coisa, menos aquilo, mas já que ela escreveu com todas aquelas palavras, acabei voltando minha atenção para carta até finalmente terminar de concluí-la, o evento dura em torno de quatro a cinco dias se for contar com as festas de comemoração das marcas patrocinadoras.

Pelo jeito vou ter que ficar sem minha esposa durante esse tempo.

Olhei para o celular carregando em cima da cômoda e suspirei lembrando que havia esquecido, pois acordei atrasada para uma reunião importante com os patrocinadores da equipe, imagino o tanto de mensagem que deve ter nesse treco e para o bem da minha sanidade deixarei pra ver isso depois do almoço.

Estava quase me preparando para tirar minhas roupas quando escutei algumas batidas na porta do quarto.

— Entre. — Disse colocando a bolsa em cima da cômoda, logo sentando na beirada da cama de frente para a porta.