Seis pessoas, amaldiçoadas com um final terrível, depois de um pecado, são chamadas para ingressar no mundo mágico, mas antes terão que enfrentar Nhandejara, o Portal de Iniciação Mágica, ou a escola para seres como eles, e quem sabe, acabar com a m...
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Assim que Anori sentou na mesa para almoçar, começaram as perguntas sobre Amary, então ele foi rápido em cortar, dizendo que Cairu não emprestaria o livro. O que causou uma carranca pensativa nos outros cinco. Eles sabiam que era inútil tentar tirar qualquer coisa de Araripe. Então, ele sabia para onde o assunto mudaria.
— Eu passei a noite pensando nisso... — Disse Jussara. — Até onde estamos dispostos a ir...
— Não temos escolha. — Retrucou Allan. O silêncio caiu. Será que eles não possuíam escolha? Desde crianças escutaram essa frase e talvez, estivessem certos esse tempo todo. Cresceram sabendo que não passariam dos 20 anos e para Anori, era mais que suficiente esse tempo de vida, mas agora, sentia uma necessidade estranha de viver por mais tempo.
Alguém lhe disse que Araripe estava ficando louco, mas Anori não teria essa sorte.
— Parece estúpido aceitar. — Disse Alice.
— Então, você está fora? — Perguntou o irmão.
— Não foi isso que eu disse.
Elisabeth sorriu.
— Precisamos entrar em acordo. — Falou Lis o óbvio, comendo um pão de queijo. Ninguém disse para Santoro que aquilo não era digno de um almoço. — O que cada um acha?
— Eu estou dentro.
— Eu também. — Disse Alice, concordando com o irmão. Camile balançou a cabeça para sim, e Torres sorriu. Jussara e Elisabeth trocaram olhares, concordando. Por fim, os cinco olharam para Anori.
— Vai mudar se eu disser não?
Jussara ficou pensativa, e Elisabeth pulou na frente.
— Tem razão, não vai mudar em nada! — Disse a ruiva. — Está decidido?
Anori não disse que eles estavam se apressando, nem que provavelmente iam se arrepender, apenas terminou de comer, enquanto todos concordaram com a decisão. Araripe levantou, estava pensando em entrar em algum clube durante a parte da tarde, mas estava em dúvida. Conforme se afastava, ouviu os passos de alguém atrás de si. Araripe não se virou, apenas ouviu a voz do seu Anhang.
— Você tem algo para falar. — Allan não o conhecia, apenas sentia. Isso era irritante. Anori não respondeu, caso contrário, iria descarregar sua vida. — Você acha que fizemos a decisão errada?
Anori saiu do refeitório, ainda sendo seguido.
— Vocês não estão pensando nas consequências.
Torres piscou, ficando lado a lado com Araripe. Por um segundo, o contraste de rosa e o escuro da sua pele foi algo bonito de se ver. Allan passou as mãos pelos cabelos médios e castanhos. Seus olhos verdes e levemente amarelados, como se fossem de cobra, focaram em Anori.
— E há consequências piores?
— Há destinos piores que a morte, Allan. — Retrucou. Torres cruzou os braços.
