CAPÍTULO 9

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Pov SN




Estava na sala de aula, com todos olhando para mim e Maddy, que estávamos em frente a sala, lado a lado, tínhamos acabado de explicar nosso trabalho, e já tínhamos o entregado. A professora vem até nós, com um sorriso.





— Muito bem SN e Maddy, foram incríveis, parabéns — a mulher anuncia batendo leves palmas, e nos apenas agradecemos.





A Perez volta pra sua carteira, já eu, peço licença pra professora, saindo da sala. O diretor só havia autorizado minha vinda porque tinha que entregar e apresentar o teabalho, fora isso, quando terminasse, teria que sair da escola, pois ainda estava suspensa, então aquilo foi apenas um benefício.




Em meio a caminhada pelos corredores, sinto meu celular vibrar em meu bolso, e eu o pego, vendo uma mensagem de Maddy na tela de bloqueio. Desbloqueio o celular e abro a mensagem, vendo que a Perez pedia para que eu continuasse na escola, que ela iria sair da sala para me encontrar no corredor.




Aguardo a garota, sempre atenta aos corredores vazios, para me certificar de que o diretor não estaria passando pelos mesmos. Ouço passos no fim do corredor, e logo avisto uma morena de roupas extravagantes e saltos correndo em minha direção, e eu não evito um sorriso com a cena.




— Por que me pediu pra espera-la aqui? — pergunto a ela, que começa a caminhar pelos corredores, me puxando pelo pulso.




— Não queria ficar pras últimas aulas, então já que você ia embora, pensei que podíamos sair juntas — a morena propõe, e eu apenas concordo.





— Eh, pode ser, mas pra onde vamos? — pergunto assim que saímos da escola, andando pelo estacionamento.





— Qualquer lugar, tanto faz, sorveteria, sei lá — a garota responde impaciente, as vezes era evidente que minha lerdeza a irritava.





— Tá bom Perez, vamos a sorveteria então — apenas aceito o fato de que ela poderia facilmente mandar em mim, e então chegamos ao meu carro.





Destranco o mesmo, abrindo a porta pra garota, que entra no carona, e fecho a porta logo em seguida. Atravesso o carro rapidamente, entrando no lugar do motorista, fechando a porta e virando a chave na ignição, escutando o barulho alto do motor. Dirigo para fora do estacionamento da escola, procurando por uma sorveteria na cidade.





— Eu tenho uma pergunta pra você — começo olhando para a estrada, e sinto o olhar da garota em mim.




— Fique a vontade — diz de forma descontraída, me tirando uma breve risada.




— Ontem, no boliche, que conversa era aquela de que eu tenho uma namorada? Porque até onde eu sei, nem ficante eu tenho — questiono, e vejo pelo retrovisor um sorriso ladino aparecer nos labios da garota pela pergunta.




— Eu apenas previ algo que poderia acontecer em breve amor — a garota diz, e sinto minhas bochechas queimarem pelo jeito que ela me chamou, junto a um tom de voz provocativo.





— Então quer dizer que eu terei uma namorada em breve, e eu posso saber como tem tanta certeza disso? — pergunto, tentando ao máximo não transparecer o nervosismo que eu sentia naquele momento.





— Se depender de mim com certeza você irá namorar em breve — assim que a Perez termina de falar, chegamos a sorveteria.





— Chegamos Maddy — mudo de assunto rapidamente, saindo do carro.





Vou até a porta do carona, abrindo-a para a Perez, que agradece saindo do carro. Andamos até a porta do estabelecimento, entrando no mesmo e nos deparando com algumas pessoas, grupos de amigos, idosos, casais, enfim, hoje estava um dia de bastante sol e um excessivo calor. Fomos até o balcão, pegando os nossos sorvetes e eu paguei os menos, depois nos sentamos em uma das mesas do lugar.





— Por que é sempre tão educada e respeitosa? Quer dizer, eu gosto de pessoas assim, gosto de cavalheiros e gentis, mas também gosto de evoluir as coisas. E você nunca percebe quando eu tento flertar com você, não percebe que eu gosto de você — revela a morena, me deixando em completo choque, sem saber como reagir.





— Eu... Eu também gosto de você. Eh só que eu fui ensinada a sempre ser muito respeitosa, e eu realmente sou meio lerda, então desculpa se eu não percebi seus flertes — desvio meu olhar do dela, mas logo volto a encarar seus olhos castanhos escuros.




— Tá vendo? Até quando eu simplesmente me declaro, você consegue ser fofa — a garota ri brevemente, também olhando em meus olhos.




— E isso é bom? — pergunto meio receosa.




— Eh, é bom sim, eu gosto disso em você — diz mexendo em seu sorvete na taça de vidro.




— A gente pode ir no cinema depois daqui, que tal? — proponho dando uma colherada em meu sorvete.




— Eh, pode ser, mas tem que ser um filme de romance — a Perez conclui, seu tom de voz convicto.




— Por mais que não seja meu gênero favorito, pode ser — me rendo a fala da garota, que sorri satisfeita.




Depois de alguns minutos, terminamos nossos sorvetes, então fomos ao parque, ficamos lá um tempo, aproveitando a tarde, e depois fomos ao cinema. Maddy que escolheu o filme, um romance adolescente obviamente, e eu apenas aceitei, pagando os ingressos e a pipoca.




Depois do filme, decidimos ir pra nossas casas, então eu a levei ate sua casa. Assim que chegamos em frente ao predio, eu desci do carro, abrindo a porta do mesmo para Maddy, que sai do veículo. Fecho a porta do mesmo e me despeço da garota esperando ela entrar em casa.




Mas antes de passar pelo portão, a Perez para por um instante, parecendo pensativa, voltando seu olhar pra mim, e ela logo vem ate mim, me surpreendendo com um abraço, rodeando seus braços por meu pescoço, e eu abracei sua cintura, sentindo a garota encostar sua cabeça em meu ombro, suspirando.





Ela se afasta alguns centímetros de mim, para encarar meus olhos, e ficamos nessa troca de olhares durante alguns segundos, até que me aproximo, colando nossos lábios em um selar delicado, que a Perez logo trata de aprofundar, iniciando um beijo intenso. Depois de um tempo, nos separamos, mas ainda próximos para sentir nossas respirações se misturarem.




— Te vejo amanhã? — ela pergunta, e eu apenas aceno positivamente.




Ela me dá um selinho, antes de se afastar, e enfim, entrar em sua casa, me fazendo perde-la de vista, me deixando com um sorriso bobo no meio da rua.

Love is a drug ( Maddy Perez and SN G!P)Where stories live. Discover now