Gabriel Barbosa, o camisa 10 do Flamengo, acaba encontrando Júlia Santos, sua versão feminina. E pela primeira vez na vida, o atacante fica completamente maluco ao entrar no jogo da morena, que, ao contrário das outras, não caiu no papinho dele.
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Hoje é a final do Carioca. O Gabriel não pode ir nem como torcedor, um saco isso. Mas eu vou. O Gerson não tá jogando por questões de saúde, vai com a Gigi e pediu pra que eu fosse também.
O Gabriel disse que estava tudo bem por ele, que achava que eu deveria ir mesmo. Eu vou pra casa dele depois, então tá tudo certo.
É péssimo ver o Gabriel desse jeito. Mesmo que ele já esteja melhor, ele ainda tá muito mal. Vive tenso, preocupado, triste, cabisbaixo, irritado... E eu não posso fazer nada pra mudar isso.
Toda essa situação tá me dando nos nervos. É esse caso do Gabriel, a minha faculdade, o trabalho, e agora o meu pai, que não para de mandar mensagem pra mim e pro Gerson insistindo que a gente tope um almoço em família.
Sinto muito, mas a minha saúde mental não tá em dia pra eu sair testando ela assim.
Chegando no maracanã com o Gerson e a Gigi, uma querida me parou logo na entrada.
–Julia, a gente fez esses adesivos em apoio ao Gabi. Caso queira usar...– Ela sorri e me entrega um adesivo.
–Ai, que coisa linda. Obrigada. Muito obrigada pelo carinho.– Sorrio pra ela.
Gerson me apressou, me despedi e entrei.
–Olha só.– Mostro pra ele o adesivo escrito: "Fechado com o Gabigol" que ela me deu.
–Vai usar?– Me olha.
–Vou.– Falo.– Sem problemas, né? É só uma demonstração de apoio.– Dou de ombros e ele solta uma risadinha.
Claro que além do adesivo, a camisa do Flamengo que eu estou usando tem o nome e número dele atrás. Ele precisava ser representado. Hoje até o Gerson entendeu que era uma necessidade.
Quando chegamos no camarote, encontrei com a Karol, a Priscila e mais alguns amigos do Léo.
–Toda linda apoiando o homem dela.– Karol brinca apontando pro adesivo e eu dou risada.
–Como ele tá?– Priscila pergunta.
–Ah, tá indo, né? Não tá bem. E é péssimo ver ele desse jeito, mas não tem o que fazer. Se Deus quiser já já tudo se ajeita.– Falo.
–Vai dar tudo certo, amiga.– Karoline tenta consolar e eu afirmo com a cabeça.
Enquanto esperávamos o jogo começar, decidimos dar uma volta pelo ambiente. Só não contamos com o calor do caralho que tá fazendo aqui.
