— Feliz? — Stenio perguntou, ele carregava Pedro no canguru perto do peito, enquanto Helô segurava a coleira de Dante e eles andavam com as mãos entrelaçadas.
— Eu tô bem se é o que você quer saber! — Helô disse, ela estava trabalhando muito com a psicóloga pra não entrar em uma depressão pós-parto ou rejeitar o filho.
— Bom. — Ele disse sorrindo.
— Eu quero voltar! — Helô disse.
— Quer? — Ele perguntou surpreso.
— Sim.... Tô com saudades da Drika e das crianças, da Creusa e da Maitê e outras coisas.... — Helô disse.
— Você tá pronta? — Ele perguntou.
— Acho que nunca vou estar, mas não vai adiantar continuar fugir disso... — Helô respondeu.
— O que sua psicóloga acha? — Ele perguntou.
— Que se eu continuar com o tratamento, não tem problema... — Helô disse.
— Então tá bom, a gente volta! — Ele disse sorrindo pra ela. — Vou ligar pro arquiteto e mandar fazer o quarto dele na nossa casa, o que acha?
— Bom... — Helô disse sorrindo.
— Casa comigo? — Ele perguntou.
— Casar? — Ela parou surpresa, não estava esperando isso.
— É...casar. — Ele disse tirando um anel do bolso.
— Stenio... — Ela estava surpresa.
— Se você ainda não tiver pronta, eu vou entender... — Ele disse.
— Sim. — Helô disse.
— Sim? — Ele pergunto com um grande sorriso.
— Sim, eu caso com você pela terceira vez! — Ela disse rindo e estendendo a mão pra ele colocar o anel de noivado e então eles se beijaram.
Helô e Stenio resolveram se casar antes de voltar pro Brasil, em uma cerimônia civil no consulado. A cada dia que passava, Helô ficava mais apreensiva com a volta dela mas tinha chegado o momento. Eles chegaram no Brasil de madrugada, sem avisar ninguém, sem alardes.
— Ah, ficou lindo! — Helô disse entrando no quarto do filho com ele adormecido em seus braços.
— Sabe o que eu estava pensando, de fazer um comunicado do nosso casamento e nascimento dele... — Stenio disse a abraçando ela por trás.
— Você acha necessário? — Ela perguntou colocando o bebê no berço.
— Acho... — Ele não queria dizer o motivo.
— Ok. — Helô concordou, ela sabia o motivo.
— Você tá preocupada com a reação das pessoas? — Ele perguntou.
— Um pouco, não vou mentir pra você. — Helô disse saindo dos braços dele enquanto saiam do quarto de Pedro.
— Helô, ele é meu filho e isso que importa. — Stenio disse.
— Eu sei, mas se alguém desconfiar, sei lá, o familiar de algumas das vítimas quiser se vingar por exemplo??? — Helô perguntou entrando em pânico.
— O comunicado serve justamente pra isso! — Stenio disse calmo.
— Eu não sei... Tô começando a achar que foi um erro voltar.... — Helô disse surtando.
— Olha pra mim, não vai acontecer nada com o Pedro, não se preocupa tá, agora vamos dormir .... — Stenio disse.
— Como se eu fosse dormir muito tempo né, o Pedro vai acordar jajá... — Helô sorriu. — Na verdade, eu estava pensando em outra coisa....
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The Hidden
General FictionA vida às vezes prega algumas peças na gente de maneira surpreendentes mas nem sempre milagrosas, Helô e Stenio aprenderiam isso da pior maneira.