010. MÃO AMIGA.

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𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀

Madrugada de sexta pra sábado e eu sentando como um bom noivo que sou, escutando Bruna reclamar do restaurante que a gente acabou de sair no seu aniversário.

– Fiquei um pouco decepcionada com a demora dos pratos. — reviro os olhos aproveitando estar de costas enquanto ela reclama. – Você estava, meu irmão também, a Yasmin Brunet, não podiam dar preferência?

– Não é assim que as coisas funcionam, Bruna. Eles entregam por ordem de chegada.

– Qual a vantagem de ser rica e famosa, então? Se eu não posso nem furar fila de restaurante...

Reviro os olhos mais uma vez, minhas pálpebras doendo de tanto que eu já fiz isso hoje.

– Será que dá pra parar de reclamar pelo menos um minuto? Você acabou de ficar mais velha pô, só curti o restindo do seu aniversário. — me levanto depois de passar horas fingindo tirar o tênis pra não ter que encarar Bruna enquanto ela reclamava. – Que tal um banho? Depois você dorme e...

– Tem razão. — me interrompe. – A gente devia tomar um banho juntos.

Se aproxima, seus passos sendo lentos, mas longos pra deixa-lá a segundos bem perto de mim.

– Faz tanto tempo que a gente... — laça meu pescoço com os braços. – Sinto falta de você. Do seu corpo... — beija meu pescoço e vai até minha orelha.

É estranho perceber que eu não sinto nada. A aproximação dela, que antes me causava desejo, agora é apenas um lembrete do quanto a situação se complicou. O toque de Bruna, que antes era familiar e confortante, agora parece uma responsabilidade que eu não consigo mais carregar com a mesma leveza.

Ela continua beijando meu pescoço, mas minha mente está a quilômetros de distância, lembrando dos momentos intensos com Anita, das discussões e das provocações que fazem meu sangue ferver de uma maneira que Bruna não consegue mais fazer.

– Bruna... — murmuro, tentando afastar gentilmente suas mãos. – Estou cansado. Foi um dia longo.

Ela para, me olhando com uma mistura de frustração e decepção.

– Você sempre está cansado. — diz, a voz embargada. – Sinto que estamos nos afastando cada vez mais.

Solto um suspiro, tentando encontrar as palavras certas.

– Não é isso. Só estou... sobrecarregado. Precisamos de um tempo para relaxar e nos reconectar. Prometo que vamos ter nosso momento.

– Tudo bem. Vou tomar um banho sozinha, então. — diz, se soltando de mim e indo em direção ao banheiro.

Fico ali parado por alguns segundos, sentindo o peso da situação. Vou até a sala e me sento no sofá, a mente ainda agitada. Pego meu celular e, por impulso, abro a conversa com Anita. As mensagens antigas são um lembrete de tudo o que temos compartilhado e tudo o que ainda está por vir, por mais complicado que seja.

De repente, uma notificação surge na tela: Anita postou uma nova foto no OnlyFans.

Meu coração acelera, e não consigo resistir à tentação de ver o que ela publicou. Abro a notificação e, logo em seguida, a foto aparece na tela.

Ela está deslumbrante, vestindo uma lingerie cor vinho, o olhar direto para a câmera com uma expressão que mistura sedução e desafio. É impossível não sentir o desejo crescendo dentro de mim, lembrando dos momentos intensos que passamos juntos. A lembrança do toque dela, do jeito que ela me faz sentir vivo, me atinge com força.

𝐀𝐃𝐔𝐋𝐓É𝐑𝐈𝐎. - 𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀.Onde histórias criam vida. Descubra agora