Capítulo 15 - Viagem - Parte 1

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Estão preparadas? Então preparem-se rsrsrs

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Boa leitura!

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— Não, mãe, estou bem, não preciso de nada, de verdade.

Maya segurava o telefone com uma mão enquanto ajeitava a bolsa com a outra, tentando manter a calma.

— Sim, estou me virando. Ainda tenho aquele dinheiro guardado do vovô, você lembra? E estou fazendo uns freelas.

Ela ouviu a preocupação do outro lado da linha, tentando não revirar os olhos.

— Não, mãe, não estou fazendo nada de errado. Você me conhece, sou responsável.

Ela esboçou um sorriso irônico, sabendo que a mãe se preocupava demais.

— Tá, prometo que vou te visitar logo. Ainda estou buscando algo fixo, mas nada certo por enquanto.

Maya respirou fundo. A conversa sempre girava em torno do mesmo ponto. A mãe queria que ela seguisse uma carreira tradicional, mas Maya estava satisfeita com seu trabalho atual, mesmo que mantivesse isso em segredo.

— Eu sei, mãe. Não, não estou sozinha. Tenho amigos aqui, estou bem acompanhada.

Ela olhou para o relógio, percebendo que Carina chegaria em breve para buscá-la.

— Tá bom, vou tomar cuidado. Eu também te amo. Tchau.


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Desligando o telefone, Maya guardou o aparelho na bolsa e soltou um longo suspiro, como se precisasse de um instante para reorganizar seus pensamentos. A conversa com sua mãe sempre a deixava um pouco agitada, com a expectativa constante de perguntas e preocupações que ela ainda não estava pronta para responder. O trabalho de barista era algo que a deixava satisfeita, mas sabia que a mãe não entenderia sua escolha tão facilmente.

Carina estacionou o carro em frente ao prédio de Maya e olhou rapidamente para o relógio no painel: 9:00 em ponto. Seus olhos se voltaram para a entrada, e ela esperou, tamborilando os dedos no volante de maneira quase imperceptível, como se para aliviar uma leve tensão. 

Quando Maya apareceu, segurando uma pequena bolsa junto ao corpo, Carina não pôde evitar um pequeno sorriso ao vê-la se aproximar. Maya tinha um jeito de entrar em cena que sempre parecia capturar sua atenção.

A barista caminhou até o carro, hesitando por um segundo antes de se inclinar ligeiramente, apoiando uma mão na borda da janela aberta. Ela olhou para Carina com um sorriso que tentava parecer casual, mas havia um brilho nos seus olhos que denunciava sua empolgação.

— Bom dia. Pronta para a aventura? — disse, inclinando-se um pouco mais para frente, o cotovelo agora descansando na moldura da janela enquanto ela olhava para Carina.

A italiana retribuiu o sorriso, e seu olhar suavizou enquanto destravava a porta do passageiro com um gesto tranquilo.

— Sempre pronta. Vamos lá, temos um dia cheio pela frente — respondeu, sua voz tranquila, mas com um subtexto de curiosidade. Ela observou Maya entrar no carro, percebendo como ela ajeitava a bolsa no colo.

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