30° Capítulo

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Isabela

A felicidade que eu estou ao ver o Gabriel conquistando o lugar dele no futebol profissional, é algo que eu não tenho nem explicação.

Muitos times estão entrando em contato com o empresário dele, para levar ele para outros times, e eu confesso que estou preocupada dele ir para um lugar mais distante.

Eu não conseguiria ir com ele para um outro estado, e eu não sei como iria ser ter um relacionamento a distância. Acho que seria bastante complicado. Mas por ele, eu tento enfrentar tudo.

Já estou no meu último ano do ensino médio, graças a Deus. Finalmente, está mais próximo de acabar que antes, e depois, é só focar em cursinhos para conseguir passar no Enem e entrar em uma faculdade de medicina.

O Gabriel, mais uma vez, veio me buscar na escola, e só terei mais algumas horinhas com ele, antes dele ir viajar pro Rio para jogar contra o Botafogo.

- Amor! - abro um enorme sorriso e envolvo meus braços em volta da cintura dele. - Que saudades.

- Também estava, amor! - Gabriel sorri e beija a minha testa em um ato de carinho. - Vim te chamar pra almoçar lá em casa. Vou tentar cozinhar algo pra nós dois. - faz o convite.

- Eita, não vai colocar fogo na cozinha não, né? - dou risada e o vejo negar. - Vamos sim, amor!

- Me dá aqui, eu levo. - pede a minha mochila, e por tá realmente muito pesada, entrego para ele. - Como foi a aula? - entrelaça nossas mãos, e começamos a caminhar em direção a casa dele.

- Foi de boa, até. - sorrio. - Mais uma vez a Joyce testou a minha paciência, mas já tô acostumada.

- O que ela fez dessa vez? - Gabriel me olha.

- Ficou falando de você. - olho para ele. - Falando várias babaquices. Faltou pouco para eu não acertar a cara dela.

- Fica tranquila, morena. Não vale a pena. - envolve o braço em volta do meu pescoço. - Como foi aquele trabalho?

- Tirei nota máxima. - abro um enorme sorriso. - Tava surtando também.

- Eu vi. - Gabriel gargalha. - Que bom que tirou nota boa, eu sabia que ia conseguir. - me dá um selinho de parabéns.

- Você me ajudou. - sorrio e dou mais um selinho nele.

- O que é um milagre né? Porque eu nem ia na escola, e só comecei a ir por causa de você. Não sei porra nenhuma. - conta rindo e eu dou risada.

- Lembro de você falar que não ia mesmo não. - olho para ele. - Por isso nunca te vi lá.

- Raramente ia. Não sei como nunca repeti de ano.

- Também não sei. - dou risada. - Gabi, eu tô tão feliz, por sua ótima fase no futebol. Tenho muito orgulho de você. - envolvo meu braço na cintura dele, o abraçando por trás.

- Isso tudo, sempre será pela minha filha e por você, amor. - ele sorri pra mim enquanto se afasta para abrir o portão da casa dele. - Tudo sempre vai ser por vocês.

- Gabi, sabe o que eu tenho medo? - pergunto enquanto coço a nuca.

- O que? - me olha confuso enquanto entra no quintal. Logo depois eu entro, e ele fecha o portão.

Paixão de Adolescente - GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora